sai um xanax para toddlers e um tira-nódoas se faz favor

Acordo às 3:00 com a melga júnior que perdeu a chucha. Ponho-lhe a chucha na boca e levanto-me para ir beber um copo de água.
Oiço a televisão ligada.
Chego à sala e vejo batata-frita-pequena de perna cruzada a ver o disney junior.
Digo-lhe que é de noite, que não são horas para estar ali e quem é que o mandou sair da cama, raça do miúdo.
Levo-o para a cama.
Vou-me deitar.
Estou quase a entrar noutra dimensão quando oiço "mãe... mãe!! MÃÃÃEEEE!!!!".
Vou ao quarto dele "o que foi?!".
"Tenho uma nódoa na meia".

4 anos

Às vezes olho para ele e lembro-me das bochechas de bebé. De quando o ía embalar à noite e como cabia nos meus braços. De quando o pousaram em cima do meu peito e olhei para ele pela primeira vez.
Isto já foi há 4 anos.
É surpreendente como deixamos de olhar para um bebé e passamos a olhar para uma criança. Que já diz e reproduz tudo. Que faz piadas. Que te ganha no Subway Surf. Que faz birras como se o mundo fosse acabar. Que tem uma conversa com conteúdo, do princípio ao fim.
Que tem pés grandes. A barriga já não é de bebé. É ágil e raramente cai. Argumenta e dá-nos a volta. Entra no carro, põe o cinto e fecha a porta sozinho. Eu fico a olhar atarantada, a chegar à conclusão que já não sou precisa para aquilo.
Digo-lhe, às vezes, que apesar de estar crescido quero que seja sempre o meu bebé. Ele diz que sim, que pode ser.
Teve uma festa só de amigos dele. Eu preferi assim porque estava rodeado de crianças que conhece e os putos entendem-se entre eles. A festa é para eles.
E eu adorei privar com os pequenos seres (só em tamanho) que convivem diariamente com o meu miúdo.
Não é preciso o tempo voltar atrás, que para a frente é que é caminho. Mas podia passar um bocadinho mais devagar. Ou pelo menos ter uma tecla de rewind e pause para apreciar o que nos escapou e não esquecer.
E depois voltar outra vez ao presente.

se lês sobre alimentação saudável e, acima de tudo, és gaja, este post é para ti


Quem ainda não ouviu falar sobre os sucos em jejum ponha o dedo no ar! Puseste? Então és uma nódoa.
Ou se calhar és só desligada. Ou então tens mais que fazer. É justo.
Adiante. Eu, que ando sempre com as antenas no ar no que toca a coisas ligadas ao bem estar físico andei a repescar algumas receitas de sucos que à partida deixam uma pessoa desconfiada, mas que depois de provados até não são nada maus. Alguns são verdadeiras surpresas.
A maior parte não me lembro de onde os tirei, anotei só as receitas, por isso não sei onde os vi publicados.
Aqui vão:

1- (este é da minha autoria) Algumas folhas de alface + 1 kiwi + 4 framboesas + 1 colher chá de sementes de chia + meia banana.

2 - Algumas folhas de espinafre + cenoura + beterraba + maçã.

3 - Algumas folhas de alface + 1 kiwi + 1 maçã verde + meia banana + 2 folhas de hortelã + 1 colher de chá de sementes de chia.

4 - Pepino + meloa congelada + iogurte + maçã. Adicionar sementes de abóbora depois de batido.

5 - Algumas folhas de espinafre + pêra + 4 amoras + sementes de linhaça.

6 - Algumas folhas de couve + cenoura + limão, gengibre + laranja + beterraba + 1 colher de chá de sementes de girassol.

7 - Algumas folhas de couve + ananás + kiwi + cenoura + gengibre + limão + 1 colher de chá de sementes de chia.

Basicamente é adicionar um bocadinho de água (eu ponho fresca, sabe-me melhor), excepto nas que levam iogurte e pôr tudo na liquidificadora. E beber em jejum. Não substitui o pequeno-almoço, mas é bom para forrar o estômago antes da primeira refeição do dia.

em modo "mexes o rabo ou levas"

Ontem comentava com o PT sádico que no último mês e meio ganhei 3 kilos. Isto é trágico, especialmente quando antes de ganhar estes 3 kilos já achava que podia perder uns 2 ou 3.
Adiante, comentava eu que andava a caminhar para o estado lontra quando o PT sádico me informa que também ganhou 3 kilos na época das festas.
O quêêêê?? Tu, ser do demónio, que me escravizas com pesos, abdominais e agachamentos, tu também pecas? Gozei-o e desafiei-o a perder os 3 kgs antes de mim.
É um desafio estúpido, claro, que a raça do homem passa a vida a fazer a vida negra a outras pessoas como eu e invariavelmente exercita-se mais vezes que eu.
Resta-me a mim não ser preguiçosa e continuar a treinar duas vezes por semana. E fechar a boca.
As minhas medidas extremas não são verdadeiramente radicais. São basicamente evitar os doces, riscar da minha vida o copo de vinho tinto à noite + chocolates e preferir a sopa à noite.
Para quem não saiba, segundo o PT sádico, comer cereais à noite é altamente criminoso e de evitar. Mesmo os menos açucarados são uma injecção de açúcar à noite que é coisa que não se quer.
Assim, junto-me às 265849 pessoas que em Janeiro começam a fazer dieta.
Vamos a isto, multidão.

diálogos (com o PT sádico)

O PT sádico não se aguenta de saudades minhas.
Passa a vida a tentar puxar-me de volta para o planeta tonificação, mas a raça do meu emprego não me tem deixado.
Esta semana, voltou à carga com um telefonema. Mas - e isto sou eu a especular - não deve ter televisão em casa.

PT sádico: Então minina? Vamo treiná amanhã dji manhã na marginal? Vamo corrê?
Eu: Quer ir treinar ou nadar?

8 meses

Batata-frita-baby está a crescer e a dominar.
Já fica sentada sem ajuda.
Fascina-se com os brinquedos do irmão.
Dá saltos a fazer de "cavalinho".
Ri-se e conseguimos ver os dois dentes que já tem.
Esteve doente com uma gripe monstra que ainda não passou completamente e que nos deixou KO, a mim e a ela. Ficou murcha, com os olhos vermelhos. Só espirrava, tossia e vomitava tudo o que comia, um filme de terror. Eu fiquei com o coração do tamanho de uma ervilha. Mas está a passar e a nossa rapariga está a voltar ao que era. Fôfa todos os dias.
Quem não lhe anda a achar grande piada é o senhor seu irmão. Tipo, ciumeira pegada. Não sei se porque ela esteve doente e com toda a minha atenção, é muito provável. Sempre que me vê com ela ao colo pede para eu brincar com ele. E não acha graça quando a vê a agarrar os comboios os carros dele. Já ela, é vidrada nele, ninguém a faz rir como ele.
Gosta de roer maçã e tchã tchã tchã tchã já come decentemente. Algures pelo 7º mês apercebeu-se que gosta de sopa e papa, de maneira que agora engole tudo num tirinho. Excepto a fruta, mas a gente chega lá.
Está muito gorducha e comprida. Há muita roupa a deixar de servir. Um ou outro vestido que só vestiu uma vez (quando é que eu vou aprender a não me perder nos vestidos dela, quando...).
E as noites? Continuam a ser a minha cruz. Já não bebe leite a meio da noite, mas continua a despertar muito. Ou porque perde a chucha ou porque acorda depois de um ciclo de sono ou... porque lhe apetece, sei lá. Agora que esteve doente foram maratonas nocturnas.
Isto é um cliché, mas depois de noites destas, quando me levanto a tropeçar em tudo e a mal conseguir abrir os olhos, olho para ela e percebo que não há melhor do que isto.
E que adoro o meu casalinho piroso do coração.

de 2013 a 2014

Sobrevivemos a um Natal em modo gata borralheira e a um ano novo com gripe à mistura.
É a nossa rapariga que está doente. Vêr um bebé doente é uma chatice, mas tenho uma teoria no que respeita ao início do ano: se começa torto é porque vai endireitar.
Enfim, tenho tido umas noites do mais animado. Acho que ainda fiquei em 2013, que estou a acumular directas desde dia 31.
Batata-frita-pequena tem estado de férias em modo esmifra-a-paciência-de-seus-pais. Claro que também temos episódios fofinhos. No fim o balanço é positivo. E a escola começa amanhã. Yessssssss.
Comecei a trabalhar e os treinos com querido PT sádico foram para o galheto. Ele bem que me envia mensagens a perguntar quando treinamos, provavelmente porque quer-me dar cabo do coiro mas no fundo acho que tem é saudades minhas, ah!
Tenho tido anos dourados, não me posso queixar. Neste último ano ganhei o meu casalinho piroso que tanto adoro, estou completa.
Gosto do significado da passagem do ano, mesmo que seja sem festas. É o virar da página, é mais um ano que foi vivido e outro para viver.
E se estamos cá, que seja com saúde (de ferro), paletes de amor, resmas de €€€ e trabalho.
Para mim, para os meus e para vocês.
Tomem lá .