Patrões fora, dia santo na loja

Homens fora de casa.
Batata-frita-pequena no campo com a avó.
Batata-frita-pai em viagem.
Eu e batata-frita-baby sozinhas.
E o que é que duas mulheres fazem quando estão sozinhas? Vão comprar sapatos, lógicoooo!
Eu detesto, mas rendi-me aos crocs. Para miúdos é do melhor.

NOTA: ela bate-me aos pontos. Fica histérica com sapatos em geral, quer calçar e trazer tudo.
É capaz de ser boa ideia ir amealhando para o futuro...

o que uma sala de espera pode fazer por uma pessoa


Se és jovem, gostas de meter ferro anonimamente em blogs alheios e não só, ou se és estupido só porque sim... tenho boas notícias para ti!
Agora há revistas igualmente estúpidas, que pensam no teu bem-estar. Ora vê!

Mas espera... afinal ainda há esperança. Valem as receitas da última página!

Uma sala de espera com revistas à mão de semear pode provocar sentimentos tão opostos numa pessoa.

fui à Corrida do Tejo e sobrevivi

Que calooooor!
Nunca imaginei que ía estar tanto calor, na verdade acho que ainda não voltei à minha temperatura normal, mas não liguem que eu sou assim, cheia de afrontamentos.
Adiante, que loucura de ambiente, adoro! Fujo de multidões, mas deste tipo de povão eu gosto!
A minha parte preferida é o início, quando está o povo todo junto e se dá a partida. Todos começam a correr devagarinho, que no início está tudo juntinho e só mais para a frente é que se começa a dispersar.
Gosto da adrenalina desse momento e de pensar que desta é que é, que me vou superar.
O final também é bom, em que já me estou a arrastar, mas ao ver a meta a poucos metros arranjo forças para fazer um sprint.
Em 1:03h fui de Algés a Carcavelos.
Tive calor, despejei duas garrafas de água pelas costas. Também tentei beber, mas entrou-me pelo nariz (esta parte não foi bonita).
Fiquei com a língua de fora nas subidas. Uma pessoa não percebe quando vai de carro ou de comboio, mas este trajecto tem umas subidinhas manhosas, que saem do pêlo.
Só tive pena de não haver uma buzinadela ou coisa que o valha na partida, para dar aquele power que uma pessoa precisa, mas enfim, a organização foi óptima em muitas outras coisas.
Ah! Também achei mal não ter direito a maçã no final, mas pronto.
Para o ano, espero, lá estarei outra vez!

largar a correr

De há uns meses para cá que tenho andado uma grande baldas nos treinos com o PT sádico, essa bela criatura do Demo.
Mas também não ando hibernada. Voltei a uma antiga paixão: as corridas.
Gosto de correr há anos, mas tive muitas pausas. De há um ano para cá que voltei timidamente, sendo que no início deste ano baixou em mim a vontade de fazer uma mini-maratona de 10 km.
Fui treinando nesse sentido e em Junho estive no Bes Run e foi aí que percebi como é giro e estimulante participar em corridas de grupo. O espírito é qualquer coisa, não tem nada a ver com correr sozinha.
A Marginal à Noite (também em Junho), que tooooda a gente já conhecia menos eu, tem um ambiente potentíssimo. Muito povo, mas um grande ambiente. É giro porque: é à noite; já está um tempo fixola; corre-se na estrada (e eu adoro correr em estradas).
A Corrida Unicef, em Julho, foi muito dura. Subidas e descidas nos túneis do Campo Grande e Entrecampos íam-me matando, fora a chuva torrencial que encharcou toda a gente até às cuecas. Mas sobrevivi.
No Domingo é a Corrida do Tejo, que eu já conheço há muito tempo e que todos os anos dizia "um dia vou ser eu". E este Domingo Vou ser eu.

Há uns tempos ouvi alguém agastado com isto de correr. Que é uma moda e que agora toda a gente se lembrou de correr.
Eu cá acho que há modas estúpidas e outras espetaculares.
E esta é espetacular. Faz bem. É barata.
Para quem gostava, mas tem o rabo colado ao sofá preguiça, ter a iniciativa é o que custa mais. Mas depois de começar é só somar kilómetros e o que não se consegue hoje, consegue-se amanhã e no outro dia e no outro.
Não tem só a ver com emagrecer. É uma questão de mobilidade, de saúde, de atingir objectivos que parecem insuperáveis.
Na verdade, cada um move-se por coisas diferentes nisto de correr.
O que interessa é largar a correr, pá!


ter dois filhos tão diferentes

Ela é "cheguei e vim para ficar".
Circula pela casa e entretém-se por breves minutos sozinha ou a melgar o irmão.
No parque, alucina com o escorrega e com o baloiço. Tenta trepar sozinha pelo escorrega acima. Se por acaso alguém lhe passa à frente ou a chateia, ela empurra.
Se ouve música, começa logo a abanar-se e vai puxar o irmão para dançar com ela. É uma festeira. Não percebo a quem é que sai. Juro.
Se um adulto lhe dá uma ordem, ela refila.
É uma alucinada, sedutora, doida varrida.

Ele é "cheguei, mas façam de conta que não estou aqui".
No primeiro ano e meio de vida não me largou a saia. Era impossível cozinhar ou mexer-me. Tinha-o sempre agarrado às minhas pernas e chorava se eu virava costas.
No parque, até se aventurar no escorrega foi uma sorte. Se por acaso alguém lhe passava à frente ou o pisava, amuava e olhava para mim em desespero.
Observa, calmo e ponderado, a agitação. Não gosta de dançar, nunca gostou e fica atrapalhado.
Se um adulto lhe dá uma ordem, ele cumpre na maior parte das vezes.
É sensível, meigo, responsável.

diálogos

Ao acordar, batata-frita-pequena esfrega insistentemente os olhos.

Eu: "Tanto soninhoooo!"
Batata-frita-pequena: "Não é sono. Tenho uma caramela (ramela) no olho".
Eu: "Caramela?"
Batata-frita-pequena: "Ai! Enganei-me! Caramelo!!"

diálogos

Férias nos Trópicos.
Pai e filho.

Batata-frita-pai: vamos pôr o protector solar que este sol é muito forte.
Batata-frita-pequena: mas há dois sóis?

aviões (spoiler alert ou não digas que eu não te avisei)

Eu não sei se por aí há pais com vontade de levarem as suas crianças a ir ver "Os Aviões"...
Bom, se sim, era só para alertar que este filme não tem assim muito a ver com o primeiro, que era relativamente fofinho.
Digamos que este mete chamas e cenas em que não se sabe se os carros e aviões vão ficar esturricados, pontes a cair, labaredas maradas e afins.
Era só para estarem a par.
Se por acaso as vossas crianças forem como o meu, assim mais para o sensível - do tipo, começar a gritar a meio do filme QUERO IR EMBORA!! EU QUERO IR EMBORA!!!! - então pensem bem.

Mas se as vossas crianças foram ver o filme e se se aguentaram à bomboca, então parabéns e provavelmente uma profissão de bombeiro pode esperar por eles.

É que até eu fiquei a roer as unhas durante o filme.

elas andam aí e despertam sentimentos queridos (cuidado)

Há uns dias, na sala de espera do ginecologista, vi-me rodeada de grávidas.
Juro, parecia uma emboscada.
Ou então - talvez o mais provável - era elas estarem à espera de consulta.
Adiante.
De repente bateu aquela nostalgia da gravidez, a saudade de estar grávida.
E logo depois pousei outra vez no planeta Terra e seguiu-se esta linha de raciocínio: a mente feminina é parva e sofre de amnésia crónica.
Uma pessoa - eu - engravida; apanha um susto e fica de repouso algumas semanas; enjoa fortemente durante metade da gravidez (na outra metade tem azia); apanha varicela do filho mais velho; sofre de distúrbios corporais menos agradáveis; deixa de conseguir calçar-se; tem contracções que lhe perfuram a alma antes de levar a epidural...

... e tem saudades de estar grávida?????

E depois a conclusão: é amnésia*.
É por isto que se tem mais do que um filho.

* Cuidado com ela!

aquele momento

... em que descobres um tomate podre no frigorífico, fazes pontaria para o caixote do lixo e... falhas.

ela

Às vezes espanto-me com o meu poder de adivinhação. Se calhar devia canalizar esta dádiva para cenas mais úteis. Tipo, o euromilhões ou assim.
Isto para dizer que, tal como eu previa, a nossa batata-frita-baby é adoravelmente lixada torcida.
Se com o irmão demorei algum tempo a perceber os traços de personalidade, com ela não precisei esperar por nada. Ela revela-se todos os dias.
É mandona e possessiva. Fica irada se vê o irmão ao nosso colo e empurra-o. 
Baixa o demo nela se lhe tiramos algo da vista que ela queira.
É sedutora, especialmente com o pai. 
Provoca o irmão, mas não vive sem ele. Dá-lhe beijinhos e esmaga-o. Chama-o pela casa. Quando o vê de manhã, cumprimenta-o sempre com um "olá!".
Adora galdeirice e se vê alguém sair de casa sem ela, fica possessa.
Adora comida de gente grande. Se nos vê a comer alguma coisa, grita pede porque também quer. E come mesmo.
Não gosta da sopa dela e, quando não quer mais, cerra a boca. Ah, e grita, claro.
Gosta de pôr os meus colares e o chapéu do irmão.
Vai buscar os sapatos dela e trepa para o carrinho para mostrar que quer ir para a rua.
Começou a andar há uns dias e passeia-se pela casa. Fica a brincar sozinha com a cozinha dela ou no quarto. Muito de vez em quando brinca com o irmão, mas é coisa para durar 30 segundos, até ela abrir um berreiro porque queria qualquer coisa dele.
O primeiro contacto com a piscina foi péssimo. Não gosta de ir à água. 
O primeiro contacto com a praia foi pior ainda. A areia provoca-lhe xiliques, não queria pousar os pés na areia, por isso calçamos-lhe as sandálias de borracha. Sim, a minha filha anda calçada na praia.
Já dorme a noite toda (aleluia aleluiaaaaa), excepto quando está doente ou quando perde a chupeta.
Quando digo às pessoas que ela está fôfa e esperta, mas que tem um grande mau feitio, oiço sempre a mesma resposta.
"Sai à mãe".

vantagens de uma ida às urgências pediátricas em Julho

Está às moscas e é tudo tão rápido que nem aqueço o rabo na cadeira da sala de espera.

as perguntas tcharã

Eu sou daquelas chica-espertas que diz que vai explicar tudo aos filhos e que não há cá floreados nem cegonhas.
Mas, já não é a primeira vez, cai-me tudo quando ele faz as perguntas tcharã.
Isto faz-me pensar que, por mais que me prepare para o embate, ficarei sempre à rasca perante este tipo de perguntas.
As perguntas tcharã são os clássicos "como é que se fazem os bebés" ou "como é que os bebés nascem" ou "quando morremos vamos todos para o céu?" (OMG, já estou a hiperventilar...)
Prepare-se quem não tem filhos, ou quem tem só bebés, isto um dia toca a todas. E por mais à frente que uma pessoa seja, pode sempre ser surpreendida (ou surpreender-se).
Apesar de muitas vezes ser apanhada na curva com perguntas tcharã, há uma coisa que nunca me passa pela cabeça: mentir. Não é preciso mentir a uma criança (e na verdade, não é preciso mentir nunca a ninguém). Não se trata de contar a verdade como se estivéssemos a falar com uma pessoa de 30 anos, mas também não é preciso fazer um discurso à totó.
No fim, somos sempre apanhados se mentirmos e a verdade acaba por ser sempre o melhor para todos.
A primeira pergunta tcharã que eu ouvi foi aos 2 anos e meio "mãe, por onde é que a mana vai sair?". Eu não estava à espera, achava que antes dessa viriam perguntas mais básicas, mas não, o puto apanhou-me.
Fiquei atrapalhada, não disse nada de jeito, mudei de assunto. No dia seguinte abordei a questão e ele voltou a perguntar. E eu expliquei que os bebés podem nascer de duas maneiras. Pelo pipi ou pela barriga. Depois fiz 1274534 filmes na minha cabeça, ai o que é que o puto me vai perguntar a seguir? Mas ele só disse "está bem". E foi assim, contentou-se com essa resposta por alguns meses. Um dia voltou a perguntar e eu voltei a explicar.
Há uns dias veio a pergunta "mãe, como é que a mana entrou na tua barriga?". E eu hiperventilei mais um bocado e respondi que para fazer um filho é preciso amor. Que o pai mete na barriga da mãe uma semente que vai à procura da semente da mãe. Quando as duas sementes se encontram, forma-se um ovo que se vai desenvolver até se transformar num bebé.
Sim, fiz copy paste do livro :DD

diálogos

Eu bem disse, algures neste blog, que este livro despoletava reacções inesperadas.

Hoje, ao ler o livro pela 38463435ª vez:

"Daqui a muito tempo vais ter outra vez um bebé na tua barriga".
(Isto foi uma afirmação, o que me põe na dúvida se ele prevê o futuro)
..

"Mãe, como é que a mana entrou na tua barriga?".

nós

(não confundir o título com o prato do continente)

Ela
Está sempre bem-disposta e pronta para a rambóia. Adora o pai de paixão, é muito menina do papá. Gosta de fazer palhaçadas e imita o irmão em tudo. Gatinha a 300 km/h e anda agarrada às coisas, está quase quase a andar.
Não me pode ver a comer nada, rouba-me tudo o que tenho na mão e come. Adora queijo fresco.
Entrou para a escola com 11 meses. No início houve muito choro, mas agora está praticamente ambientada. Anda ao colo da escola inteira. É a bebé mais nova da escola e uma espécie de mascote.
Há uns dias teve o primeiro dia de praia e vibrou com tudo. E eu vesti-lhe um fato-de-banho incrivelmente piroso ah!

Ele
Ultimamente come mais do que eu ao jantar. Ganhou um kilo e noto-lhe nas bochechas.
Adora ter a irmã na escola, é muito vaidoso.
Anda muito solto. Deixou de andar colado a mim e pira-se da minha asa quando estamos fora de casa. Tenho de estar sempre de olho nele.
É muito tímido e calmo, mas quando se ambienta ninguém o pára.
É uma grande companhia e fala fala fala. E pergunta coisas. Pergunta muitas coisas. Mesmo muitas.

Eu
Ando sem tempo para escrever.
Continuam a haver diálogos hilariantes, cenas da vida diária e disparates que me ocorrem. Mas entre trabalhar, buscar os miúdos à escola e correr (aahhh, pensavam que eu me andava a baldar aos treinos com o PT sádico??), pouco sobra para escrever.
Mas nada disto é mau sinal. Pelo contrário. Ando ocupada na vida que adoro.

1 ano

Há um ano fomos almoçar a um restaurante micro, onde eu apertei a minha barriga gigante para caber no meio de uma mesa cheia de crianças e alguns adultos (eles começam a ser mais do que nós).
Almoçámos todos tranquilamente - as mesas à nossa volta talvez não tão tranquilamente - e depois de todos nos despedirmos, sentei-me no carro e percebi que as águas tinham acabado de rebentar.
Transferimos rapidamente e atrapalhadamente batata-frita-pequena para o carro da tia e primos e passámos por casa para buscar a mala. Depois, voámos para a maternidade.
Batata-frita-pai desnorteado a parecer pai de primeira viagem e eu a pedir-lhe para ficar menos histérico que estava tudo controlado e a correr como previsto. E, mais fixe de tudo, ela ía nascer em Maio (eu tinha uma fixação pelo mês de Maio).
Estive quase para me oferecer para conduzir o carro, mas já sabia era uma questão de minutos até as contracções começarem a doer a valer, por isso fiquei caladinha e a pensar em coisas absolutamente pertinentes, tais como que esta miúda tinha-me deixado almoçar e que eu não ía passar fome durante a tarde. Ou que estava a encharcar o banco do carro (quem me conhece verdadeiramente percebe que isto só poderia vir do meu cérebro).
Antes de dar entrada no quarto fui trocando mensagens com o meu médico, que interrompeu a folga e foi fazer uma perninha à maternidade.
Foram dores de morte até a santa epidural fazer efeito e não, não estou a ser dramática. Eram dores que me consumiam de cima a baixo e não havia respiração que as fizessem mais suportáveis.
O anestesista foi o melhor que me podia ter calhado. Aliviou a dor, mas não a eliminou completamente e assim tive a sensação incrível do parto.
Um parto rápido e calmo.
E uma bebé pequenina e perfeitinha. Que chorou assim que nasceu.
Olhei para ela e não senti surpresa. Senti que já a conhecia. É um cliché tão piroso como possível, mas é a verdade.
Comecei logo a namorá-la. Sem pânico do desconhecido, com a segurança que o segundo filho permite.
Deu-me um primeiro ano com demasiadas noites sem dormir. Mas, apesar do cansaço, encontrei-lhe sempre o sorriso e os olhos azuis grandes. Mesmo nos dias menos bons. Ela acrescentou definitivamente muito à nossa vida.
O que mais quero é que a magia perdure.


sabes que és uma nódoa quando...

- te esqueces que hoje era dia de levar o trabalho do dia da mãe. Voltas para casa depois de deixares os teus filhos na escola, para improvisares alguma coisa.

- consegues improvisar algo engraçado. No entanto, quando voltas à escola, cruzas-te com a educadora da mais nova que ao ver-te entregar o trabalho do mais velho pergunta "então e o trabalho da sua filha?".
Yeap, esqueci-me que tenho dois filhos e só fiz o trabalho para um.

- vais buscar os teus filhos à escola.
Vais buscar a mais nova à sala dela. Depois, vais buscar o mais velho. A educadora do mais velho olha para ti e diz "mas... ele foi à natação. Hoje é dia de natação, tem de vir buscá-lo mais tarde, lembra-se?".

diálogos

Hoje, depois da escola, eu e batata-frita-pequena na praia.
Uma súbita vontade dele de fazer xixi.
Disse-lhe para apontar para as rochas.
Olha para mim com ar sério e pergunta:
"Mãe, se eu fizer xixi para as rochas, elas vão crescer?"

das coisas mais fixes que se pode trazer de uma ida à urgência de pediatria




Deu para muitas brincadeiras, incluindo sessão de fantoches, com batata-frita-pequena atrás da cadeira com o cão, a raposa e o gato.
Senhoras e senhores, o espetáculo vai começar! Desliguem os iphones e os ipads!!!

batata-frita-baby, a bebé exorcista

A nossa estimada rapariga de quase 1 ano anda a apurar a personalidade.
Eu bem que tinha um feeling que esta ía ser lixada. Algo me diz que vai dar luta, que vai ser dura de dar a volta.
Adiante, parece que aquele marco de crescimento espetacular que é a ansiedade de separação chegou um bocado tarde, mas chegou. E de que maneira. Instalou-se cá em casa. Ou melhor, nos meus tímpanos.
Toooooooodas as noites quando a deito tem chorado. Mas chorado a valer. Tipo bebé exorcista. Tipo, gritos e choro desenfreado.
Quando chego ao quarto na tentativa de a acalmar, cala-se por artes mágicas, deita-se e fica quieta. Se saio, levanta-se (parece que tem molas no rabo, juro) e começa outra vez.
E estamos nisto uma hora, com sorte, duas horas.
Durante o dia, se a ponho no chão e viro costas, vira exorcista outra vez.
Basicamente, deixá-la um segundo para me coçar é motivo para choro.
Batata-frita-pai teve uma epifania e sugeriu montar um espantalho com roupas minhas junto à cama dela (sim, ele estava a ser sincero; sim, eu divido a minha vida com este homem) e dei por mim a pensar nesta ideia por meio segundo.
Mas rapidamente relembrei que nestas cenas o meu homem é bem intencionado, mas não é lá muito iluminado.
Eu farto-me de atirar para o ar a ideia de xanax para toddlers e bebés (aqui, aqui, ou aqui...), mas ninguém me ouve.
Esta sim é uma ideia perfeitamente racional.
Enfim.

tenho 3 filhos

Hora de dormir.
Batata-frita-pequena já está no beliche, à minha espera e chama-me mãeeee mãeeee Ó MÃÃÃEEEE!!!
Chego lá e está por baixo do edredon.
Destapo-o.
Ele não está lá, é uma almofada a fazer de batata-frita-pequena.
E enquanto ainda estou a perceber que aquilo é uma almofada, salta batata-frita-pequena e batata-frita-pai-que-na-verdade-é-o-meu-filho-mais-velho da cama de cima e pregam-me um susto.
É por isto que não preciso do terceiro filho. Ele já existe!

batata-frita-mãe, a perder guarda-chuvas desde... sempre.

Tenho uma relação de amor/ódio com guarda-chuvas.
Eu adoro-os, adoro ter um guarda-chuva giro, mas é certinho que o perco.
De cada vez que lhes dou uso, deixo-os sempre em algum sítio. Na casa de alguém, num café, na escola dos meus filhos, numa estação de serviço, eu sei lá.
Já tive desgosto atrás de desgosto.
No último que tive, investi na qualidade. Era feio como tudo, mas espetacularmente forte. Não havia cá ventosga que o derrubasse. Era um guarda-chuva à prova de Hércules.
Deixei-o num café em Odivelas. E porque não voltar a essa bela localidade que é Odivelas, perguntam vocês. Nada contra, minha gente. Mas é que fica longe para caraças da minha área. A modos que parece-me algo idiota fazer kilómetros para recuperar um guarda-chuva de 15€.
Assim, e depois deste trágico episódio pelos subúrbios de Lisboa, jurei a mim própria nunca mais afeiçoar-me a guarda-chuvas. Fui ao chinês e comprei três. Muito feios. A 4€ cada.
Hoje é um bom dia para lhes dar uso.
E, provavelmente, perder mais um.

ter filhos agasta uma pessoa

A única altura do dia em que eu domino minimamente a minha televisão é ao final do dia, quando já não há ninguém aos pinotes para ver o Jake e os Piratas.

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Acordo com a mais nova às CINCO E MEIA da manhã. Ponho-lhe a chupeta e adormece outra vez. Já eu, não consigo adormecer. Quer dizer, começo a entrar noutra dimensão passados uns 40 minutos, mas aí ela desperta outra vez, pelo que não vale a pena criar mais ilusões e render-me ao óbvio: não dormirás mais. Fazemos a nossa rotina matinal e quando finalmente a vou deitar para a sesta da manhã, acorda o mais velho. Saio de um turno e entro noutro.

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E quando pensavas que a infância era um período encerrado na tua vida, voltas a ser criança. O teu filho pega-te os piolhos.

10 meses

E de repente estamos quase nos 12 meses.
E, também de repente, a bebé que sorria, fazia algumas gracinhas e pouco mais, saiu da toca.
É dançar, é palrar, é trepar por todo o lado. O ginásio dela já foi à vida, começou a colonizar o resto da sala num instante, pelo que nos rendemos ao óbvio: é deixá-la andar pelo chão.
Não gatinha, mas movimenta-se à maneira dela. Chega onde lhe interessa.
E se o irmão era um bebé/boneco bem comportado, ela é charmosa e tempestuosa.
Anda a dar-me outra vez trabalho com as sestas, mas acho que com o começo da escola as coisas podem melhorar.
Gosta de rambóia e de outros miúdos. Fica num mega excitex quando se vê fora de casa e é um trinta e um para a acalmar.
Adoro vê-la a crescer e anseio pelo Verão, em que conto andar a correr atrás da pançuda e do lingrinhas.

diálogos

No Domingo fomos andar ao pé da praia. Eu a empurrar o carrinho de batata-frita-baby. E batata-frita-pequena a andar de bicicleta.
Metade da cidade de Lisboa lembrou-se (e bem) de correr nessa manhã. E era vê-los passar.
Batata-frita-pequena achou por bem dar apoio moral e, a dada altura, gritou para um grupo que ía a correr:
"FORÇA NAS CANETAS!!!".

este post é sobre alimentação saudável (no final, até é)

As mulheres são as piores, no que toca a espetar facas nas costas umas das outras. Nada de novo, portanto.
É preferível espetar facas nas costas de outra mulher, do que num homem, mas qual é que é a dúvida?
Tenho pena da Carolina Patrocínio e dos comentários que tem de ouvir. Mas, na verdade, tenho ainda mais pena do cérebro (ou da falta dele) de almas que comentam.
A última pérola que li foi qualquer coisa como "está estranha e disforme. Eu, com 4 meses tinha mais barriga do que ela aos 7 meses".

Então, resumindo:
- Uma grávida quer-se com, pelo menos, 30 kgs a mais.
- Não pode fazer desporto. Se fazia desporto, tem de parar. Atleta? Atle... o quê? 
- Se parecer minimamente em forma, há que parar e ficar de cama a meter feijoada na veia. E nem pensar em mostrar fotos da barriga. Isso é um insulto para as grávidas e, porque não, para a humanidade!
- Bons genes? Metabolismo acelerado?... Queres levar um estalo?
- Alimentação saudável?? É regra e está escrito em todos os manuais carimbados pelo Santo Oficial da Sabedoria que uma grávida tem de comer por dois. Se forem gémeos, por três. E por aí fora. E esquece aquela cena que tem ponteiros e um K e um G (sshhhhhh! É a balança!!!)
- Se por acaso se vê uma grávida que, por sinal, não parece grávida, continua com pernas e braços esguios (pior, se vista de costas não parece definitivamente grávida) é fazer queixa. Não, é fazer uma página no facebook a dar conta da situação, que em praça pública é que se faz justiça e se dizem as verdades.
- Tem de ter barriga. Se não tem barriga, então é porque não merece o estado de graça. Merece é um tareião bem dado. E uma página no facebook.

Cérebros disformes, deixem a mulher em paz.
Façam análises. Baixem o colesterol. Tomem danacol. Inscrevam-se no ginásio. Larguem o facebook. Trabalhem mais. Comam sopa à noite. Bebam batidos verdes.

o humor parvo runs in the family

À noite, alugo o "Diana" e atiro-me para o sofá.
Batata-frita-pai passa por mim e diz "não quero ser desmancha prazeres, mas ela morre no fim".

Bem-vindos à minha vida

Hoje de manhã.
Eu, em piloto automático, a despachar a malta pequena.
Batata-frita-pai à procura dos óculos, pergunta-me da sala: "Sabes onde estão os meus óculos?"
Eu: "Sim, estavam aqui na entrada ainda agora".
Ele: "Mas não estão".
Eu: "Mas estavam. Mesmo agora! Juro!"
Ele: "Não estou a ver nada, não vou conseguir encontrá-los". (Drama, drama...)
Olho para ele. Ele olha para o espelho.
Tinha os óculos postos.

diálogos ou inspira expira

Antes do banho, estou a tentar tirar-lhe a camisola.

Eu: "Braços para cima".
Ele: ...
Eu: "Braços para cima!"
Ele:...
Eu: "BRAÇOS PARA CIMA!!!"
Ele: "Mãe, não sou surdo".

o tormento

Só há uma coisa pior do que ir às compras com uma mulher indecisa.
É ir às compras com o caro senhor meu marido.
Eu fujo. Tento adiar a coisa. Arranjo desculpas. Na verdade já deixei de arranjar desculpas. Digo-lhe a verdade: compras avec toi, jamé!
Não, eu não sou uma drama queen. Eu tinha uma determinada dose de paciência, mas perdi-a algures nestes onze anos de convivência. Ficou (a paciência) na loja de polos onde ele disse que só queria usar polos sem símbolos. Ou na Massimo Dutti onde ele disse que não queria aquela parka porque o capuz com pêlo (removível!!!!) era demasiado efeminado. Ou na H&M onde ele se queixou que as calças ficavam muito apertadas nas pernas.
Sim, sou casada com um homem que quando vai às compras, baixa uma gaja nele.
E perguntam as caríssimas leitoras "e tu? Deves ser bem melhor, deves".
Por acaso até sou. Eu sou aquele tipo de pessoa que entra numa loja, olha para tudo e em cinco minutos está despachada. Não há indecisões. Se há, é porque não vale a pena. É sempre a andar.
Já pensei em marcar-lhe uma sessão de personal styling, mas tenho pena. Do stylist.
Já desisti de lhe comprar roupa. Porque nunca gosta de nada e tenho de ir devolver tudo.
Por isso já desisti de oferecer roupa em ocasiões como o Natal e aniversário.
E a criatividade que é necessária para encontrar o presente ideal? É uma dor de cabeça.
Assim, e para terminar, desengane-se quem acha que as mulheres são um tormento nas compras.
Eu tenho provas, tá?

9 meses

Diz adeus com a mão muito contente e desde que aprendeu a bater palmas que não quer outra coisa.
Adora roer maçã numa coisa que comprei, que tem uma rede para os bebés não se engasgarem.
Já "come" bolachas maria.
Tem dois dentes já bem saídos, que lhe dá aquele ar mega fofo desdentado quando se ri.
Quando não quer dormir, senta-se na cama a choramingar.
Ainda a nutrir grande admiração pelo mano e paixão pelo pai.
Até tenho medo do que vou escrever, tipo, isto é um grande risco... Faz de conta que não sou eu a escrever para não agoirar... Mas é que a cachopa anda a dormir noites inteiras há uma semanaaaaa!!!!! Eu prometi algures neste blog que iria abrir uma garrafa de champanhe quando isto acontecesse, mas até tenho medo. E também porque não gosto lá muito de champanhe. Devia ter feito a promessa com um Cartuxa Reserva.
Adiante.
Tem dormido, mas a aurora dá-se às 7:00 au point. Na maior parte da semana nem me importo, que eu sou pessoa de aproveitar as manhãs. Mas ao fim-de-semana sabia bem ficar a jiboiar na cama. Era tão bom. Era.
Gorducha e tão diferente do irmão nisto. Percentil 75 no peso e estatura.
Faz a sesta da manhã, outra à tarde e mais uma curta ao final do dia.
Está decidido que vai entrar na creche em Março. Está robusta, adora agitação e a sala para onde ela vai tem pouquíssimos miúdos. Está na hora.
Adoro esta miúda.

diálogos

Estamos a ver uma coisa qualquer sobre animais de estimação no disney junior (o cão, o gato, o peixe, blá blá blá).
Eu: então e qual é o nosso animal de estimação?
Ele: é o gato. E a mana.

Ontem levei o meu mais velho à consulta dos 4 anos.
Esperámos meia hora. Nessa meia hora brincou com os brinquedos da sala de espera e viu televisão. Eu li uma revista. Eu consegui ler uma revista quase inteira, wow!
Portou-se sempre bem, muito tímido e sorridente. Está bom, só um bocadinho lingrinhas. Disse ao pediatra que não é por comer pouco, que às vezes dá 10 a zero a mim. Então se lhe puser um prato de panquecas à frente não há migalha que sobreviva. Então é porque é muito mexido, disse o médico. Pois, só pode ser.
A consulta acabou tarde e por isso perguntei-lhe se queria ir jantar fora comigo, só nós os dois. Disse que sim, muito contente, que queria ir ao McDónels.
Eu estava esfomeada, por isso assim que me vi com as batatas e o hamburguer à frente lancei-me. Ele ficou a olhar para mim com ar reprovador e disse "mãe... não se come de boca aberta".
Regressámos a casa.
Ele, cansado e adormecido.
Eu, cansada e agradecida ♥.

sai um xanax para toddlers e um tira-nódoas se faz favor

Acordo às 3:00 com a melga júnior que perdeu a chucha. Ponho-lhe a chucha na boca e levanto-me para ir beber um copo de água.
Oiço a televisão ligada.
Chego à sala e vejo batata-frita-pequena de perna cruzada a ver o disney junior.
Digo-lhe que é de noite, que não são horas para estar ali e quem é que o mandou sair da cama, raça do miúdo.
Levo-o para a cama.
Vou-me deitar.
Estou quase a entrar noutra dimensão quando oiço "mãe... mãe!! MÃÃÃEEEE!!!!".
Vou ao quarto dele "o que foi?!".
"Tenho uma nódoa na meia".

4 anos

Às vezes olho para ele e lembro-me das bochechas de bebé. De quando o ía embalar à noite e como cabia nos meus braços. De quando o pousaram em cima do meu peito e olhei para ele pela primeira vez.
Isto já foi há 4 anos.
É surpreendente como deixamos de olhar para um bebé e passamos a olhar para uma criança. Que já diz e reproduz tudo. Que faz piadas. Que te ganha no Subway Surf. Que faz birras como se o mundo fosse acabar. Que tem uma conversa com conteúdo, do princípio ao fim.
Que tem pés grandes. A barriga já não é de bebé. É ágil e raramente cai. Argumenta e dá-nos a volta. Entra no carro, põe o cinto e fecha a porta sozinho. Eu fico a olhar atarantada, a chegar à conclusão que já não sou precisa para aquilo.
Digo-lhe, às vezes, que apesar de estar crescido quero que seja sempre o meu bebé. Ele diz que sim, que pode ser.
Teve uma festa só de amigos dele. Eu preferi assim porque estava rodeado de crianças que conhece e os putos entendem-se entre eles. A festa é para eles.
E eu adorei privar com os pequenos seres (só em tamanho) que convivem diariamente com o meu miúdo.
Não é preciso o tempo voltar atrás, que para a frente é que é caminho. Mas podia passar um bocadinho mais devagar. Ou pelo menos ter uma tecla de rewind e pause para apreciar o que nos escapou e não esquecer.
E depois voltar outra vez ao presente.

se lês sobre alimentação saudável e, acima de tudo, és gaja, este post é para ti


Quem ainda não ouviu falar sobre os sucos em jejum ponha o dedo no ar! Puseste? Então és uma nódoa.
Ou se calhar és só desligada. Ou então tens mais que fazer. É justo.
Adiante. Eu, que ando sempre com as antenas no ar no que toca a coisas ligadas ao bem estar físico andei a repescar algumas receitas de sucos que à partida deixam uma pessoa desconfiada, mas que depois de provados até não são nada maus. Alguns são verdadeiras surpresas.
A maior parte não me lembro de onde os tirei, anotei só as receitas, por isso não sei onde os vi publicados.
Aqui vão:

1- (este é da minha autoria) Algumas folhas de alface + 1 kiwi + 4 framboesas + 1 colher chá de sementes de chia + meia banana.

2 - Algumas folhas de espinafre + cenoura + beterraba + maçã.

3 - Algumas folhas de alface + 1 kiwi + 1 maçã verde + meia banana + 2 folhas de hortelã + 1 colher de chá de sementes de chia.

4 - Pepino + meloa congelada + iogurte + maçã. Adicionar sementes de abóbora depois de batido.

5 - Algumas folhas de espinafre + pêra + 4 amoras + sementes de linhaça.

6 - Algumas folhas de couve + cenoura + limão, gengibre + laranja + beterraba + 1 colher de chá de sementes de girassol.

7 - Algumas folhas de couve + ananás + kiwi + cenoura + gengibre + limão + 1 colher de chá de sementes de chia.

Basicamente é adicionar um bocadinho de água (eu ponho fresca, sabe-me melhor), excepto nas que levam iogurte e pôr tudo na liquidificadora. E beber em jejum. Não substitui o pequeno-almoço, mas é bom para forrar o estômago antes da primeira refeição do dia.

em modo "mexes o rabo ou levas"

Ontem comentava com o PT sádico que no último mês e meio ganhei 3 kilos. Isto é trágico, especialmente quando antes de ganhar estes 3 kilos já achava que podia perder uns 2 ou 3.
Adiante, comentava eu que andava a caminhar para o estado lontra quando o PT sádico me informa que também ganhou 3 kilos na época das festas.
O quêêêê?? Tu, ser do demónio, que me escravizas com pesos, abdominais e agachamentos, tu também pecas? Gozei-o e desafiei-o a perder os 3 kgs antes de mim.
É um desafio estúpido, claro, que a raça do homem passa a vida a fazer a vida negra a outras pessoas como eu e invariavelmente exercita-se mais vezes que eu.
Resta-me a mim não ser preguiçosa e continuar a treinar duas vezes por semana. E fechar a boca.
As minhas medidas extremas não são verdadeiramente radicais. São basicamente evitar os doces, riscar da minha vida o copo de vinho tinto à noite + chocolates e preferir a sopa à noite.
Para quem não saiba, segundo o PT sádico, comer cereais à noite é altamente criminoso e de evitar. Mesmo os menos açucarados são uma injecção de açúcar à noite que é coisa que não se quer.
Assim, junto-me às 265849 pessoas que em Janeiro começam a fazer dieta.
Vamos a isto, multidão.

diálogos (com o PT sádico)

O PT sádico não se aguenta de saudades minhas.
Passa a vida a tentar puxar-me de volta para o planeta tonificação, mas a raça do meu emprego não me tem deixado.
Esta semana, voltou à carga com um telefonema. Mas - e isto sou eu a especular - não deve ter televisão em casa.

PT sádico: Então minina? Vamo treiná amanhã dji manhã na marginal? Vamo corrê?
Eu: Quer ir treinar ou nadar?

8 meses

Batata-frita-baby está a crescer e a dominar.
Já fica sentada sem ajuda.
Fascina-se com os brinquedos do irmão.
Dá saltos a fazer de "cavalinho".
Ri-se e conseguimos ver os dois dentes que já tem.
Esteve doente com uma gripe monstra que ainda não passou completamente e que nos deixou KO, a mim e a ela. Ficou murcha, com os olhos vermelhos. Só espirrava, tossia e vomitava tudo o que comia, um filme de terror. Eu fiquei com o coração do tamanho de uma ervilha. Mas está a passar e a nossa rapariga está a voltar ao que era. Fôfa todos os dias.
Quem não lhe anda a achar grande piada é o senhor seu irmão. Tipo, ciumeira pegada. Não sei se porque ela esteve doente e com toda a minha atenção, é muito provável. Sempre que me vê com ela ao colo pede para eu brincar com ele. E não acha graça quando a vê a agarrar os comboios os carros dele. Já ela, é vidrada nele, ninguém a faz rir como ele.
Gosta de roer maçã e tchã tchã tchã tchã já come decentemente. Algures pelo 7º mês apercebeu-se que gosta de sopa e papa, de maneira que agora engole tudo num tirinho. Excepto a fruta, mas a gente chega lá.
Está muito gorducha e comprida. Há muita roupa a deixar de servir. Um ou outro vestido que só vestiu uma vez (quando é que eu vou aprender a não me perder nos vestidos dela, quando...).
E as noites? Continuam a ser a minha cruz. Já não bebe leite a meio da noite, mas continua a despertar muito. Ou porque perde a chucha ou porque acorda depois de um ciclo de sono ou... porque lhe apetece, sei lá. Agora que esteve doente foram maratonas nocturnas.
Isto é um cliché, mas depois de noites destas, quando me levanto a tropeçar em tudo e a mal conseguir abrir os olhos, olho para ela e percebo que não há melhor do que isto.
E que adoro o meu casalinho piroso do coração.

de 2013 a 2014

Sobrevivemos a um Natal em modo gata borralheira e a um ano novo com gripe à mistura.
É a nossa rapariga que está doente. Vêr um bebé doente é uma chatice, mas tenho uma teoria no que respeita ao início do ano: se começa torto é porque vai endireitar.
Enfim, tenho tido umas noites do mais animado. Acho que ainda fiquei em 2013, que estou a acumular directas desde dia 31.
Batata-frita-pequena tem estado de férias em modo esmifra-a-paciência-de-seus-pais. Claro que também temos episódios fofinhos. No fim o balanço é positivo. E a escola começa amanhã. Yessssssss.
Comecei a trabalhar e os treinos com querido PT sádico foram para o galheto. Ele bem que me envia mensagens a perguntar quando treinamos, provavelmente porque quer-me dar cabo do coiro mas no fundo acho que tem é saudades minhas, ah!
Tenho tido anos dourados, não me posso queixar. Neste último ano ganhei o meu casalinho piroso que tanto adoro, estou completa.
Gosto do significado da passagem do ano, mesmo que seja sem festas. É o virar da página, é mais um ano que foi vivido e outro para viver.
E se estamos cá, que seja com saúde (de ferro), paletes de amor, resmas de €€€ e trabalho.
Para mim, para os meus e para vocês.
Tomem lá .