Hoje levei finalmente batata-frita-pequena a cortar o cabelo. Num cabeleireiro à séria, atenção.
Não pus a cabeça da minha cria à experiência nas mãos de um qualquer, indaguei primeiro junto de quem tem experiência e saiu-me na rifa o Pedro, um rapaz risonho, de crista com laca. Fiquei desconfiada. Que ele provavelmente ía querer fazer uma crista ou algo que se parecesse na minha criança, mas não, o rapaz é um simpático, paciente e ajeita-se muito bem com as tesouras.
Claro que batata-frita-pequena não parou quieto. No início achou muita graça ao espelho, ao secador e às escovas, mas passados breves minutos passou-se, queria pirar-se a todo o custo da cadeira. Foi então que saquei do meu último recurso. Eu tenho um último recurso que uso em casos sem solução à vista e funciona sempre. Sempre. Um chupa-chupa. Claro que o chupa pegou-se às mãos, aos braços, à roupa e a cabelos. Claro que a certa altura já era uma grande mixórdia que para ali ía, mas funcionou. Sim, eu uso comida como suborno.
E foi assim a primeira ida ao cabeleireiro. Não houve fotos para registar para a posteridade, que eu estava demasiado ocupada com cabelos por todo o lado (batata-frita-pequena não quis pôr a capa de tecido), um chupa peganhento e a tentar pôr a criança quieta, de maneiras que fica para a próxima o registo fotográfico.
A minha cria ficou linda, claro está. Um amor. Sem caracóis, mas fôfo na mesma.
Eu é que infelizmente não tive direito a corte, que bem preciso.
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