Hoje fui buscar a minha criança à escola, coisa rara.
Adoro ir buscá-lo, surpreendo-me sempre com qualquer coisa nova.
Hoje estava muito despachadão, então viu-me e mostrou-me logo onde estava o casaco e o gorro dele, como quem diz "estás à espera de quê? Mexe-me esse rabo, toca a ir embora".
Despediu-se do resto dos putos (em especial de 2, que são amigos do peito) e da educadora e pôs-se a andar como se tivesse alguma coisa combinada.
Dei-lhe a mão para descermos as escadas e eis quando a personagem solta a mão dele da minha, diz "não!", apoia a mão dele no corrimão e se põe a descer as escadas sozinho, sem vacilar.
Senti-me ligeiramente atordoada com tanta independência e determinação.
Depois fomos dar de comer aos patos e passarocos, com pão semi-congelado. Coitada da bicharada. As minhas desculpas, mas foi o que se arranjou.
Aí fui mais uma vez surpreendida pelo poderoso arremesso da minha cria, que atirava pão para o lago certinho e direitinho, muito melhor que eu, que volta e meia acertava em tudo menos no lago.
A seguir, lanche numa das minhas pastelarias favoritas, apesar de não ter lanchado grande coisa, que isto agora de ser uma pessoa que pratica desporto turva-me a mente para coisas não saudáveis. Já batata-frita-pequena foi senhor para comer duas línguas de veado.
Para finalizar, paragem numa mercearia de bairro que não conhecia, onde batata-frita-pequena fez amizade para a vida com o senhor da caixa, que lhe deu colo e um iogurte.
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