a viagem II

Família batata-frita foi viajar.
Adoro viajar a dois, mas verdade seja dita, também adoro viajar a três, com batata-frita-pequena a tiracolo. É cansativo, pois é. Mas tem muita coisa boa.
Batata-frita-pequena é só rir. Aprendeu a gozar-nos, a imitar-nos e algumas palavras novas. Pois que se nos espreguiçamos, imita. Se rimos, imita. Se nos agachamos para prender o atacador, imita. Se nos penteamos, imita. Está o verdadeiro macaquito e papagaio louro.
Por sorte deixou-nos dormir muito. Era acordar à queima, perto das 10h para atacarmos pequeno-almoço do hotel. E que refinado está. Ao pequeno almoço cereais fibre 1, uvas e requeijão. Por vezes pergunto-me se lhe consegui passar a pancada saudável que tenho. Oxalá, oxalá.
Mas claro que nem tudo foram rosas. As birras dão cada vez mais o ar de sua graça. Aprendeu a atirar-se para o chão e a gritar (medo medo) e no avião foi a loucura. Sentado uma ova, não parava quieto e pirava-se pelo corredor a fora cada vez que tirávamos o olho. Vimos, diga-se, altamente incrédulos, muita criançada quietinha no seu lugar. Atarax? Xanax? Não sei o que se passou, mas éramos os únicos a correr atrás da cria.
Percebi também que cansaço dá lugar a mais excitação em batata-frita-pequena. Um cocktail de loucura. Muita loucura.
Foi a 2ª viagem em família. Extenuante, cansativa, maravilhosa, divertida. A repetir.
Famílias por esse mundo fora: descompliquem e viagem muito. Aproveitem. Mesmo quando a cria é pequena.

5 comentários:

  1. vou atentar em tuas palavras, juntar uns dinheiros e dar o baza que também sou filha do homem!

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  2. É isso mesmo.
    São viagens diferentes, mais cansativas mas também muito mais divertidas.
    O meu lema sempre foi esse, descomplicar ao máximo. As nossas já têm alguma "rodagem" para se habituarem ao que é bom!

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  3. nunca mais me esqueci na minha lua-de-mel uma mãe, mais a avó e levavam 3 crianças, uma bebé mesmo, íamos para a ilha do sal, cabo verde, lembro-me de alguma choradeira, pouco mais... até aí julgava que as crianças não viajavam, pelos vistos eu é que viajo pouco! acho que devemos levá-los connosco a viver a vida, tentar conciliar as necessidades deles com as nossas, senão também ficam bichinhos e depois qualquer mudança poderá ser motivo de birra...

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  4. Sabes Tica, nem sempre quero fazer viagens a 3. É um facto. Às vezes é bom relaxar e ir a 2. Namorar é bom.
    Mas sim, também é importante levá-los connosco. É mais cansativo, mas também divertido. É bom mexer na rotina deles e mostrar-lhes o outro lado.

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  5. Acima de tudo, os pais têm de estar bem, se precisarem de uma escapadinha a 2 pra isso, força! Se nós estivermos bem, as crianças estarão, isso é mesmo verdade.

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