coisas várias

Hoje tirei uma horinha para mim (loucura loucura) e fui à pedicure que me pintou as unhas dos pés de azul escuro. Cheguei a casa e perguntei ao batata-frita-pai gostas? 
Fez um esgar e pronunciou qualquer coisa impronunciável.

Já tenho mais um filme maravilha do Hayao Miyazaki. O próximo na calha é A Viagem de Chihiro. Fica por apurar se isto é para batata-frita-pequena ou... para mim. 

Batata-frita-pequena já está praticamente a 100% e amanhã já vai à creche. Medo.

reaprender a dormir

Ontem, depois de deitar batata-frita-pequena, pensei: o gajinho tosse durante a noite e de cada vez que tosse, acorda. Quando acorda, começa a chamar-me mãe mãe. E eu feita mártir vou logo a correr fazer festinhas nas costas.
Então pensei, esta noite vai ser diferente. Chama-me e vais ver.
Tossiu, acordou e chamou. E eu acordei com a choraminguice dele, mas não fui. Chamou mais uma vez, chamou outra e adormeceu. 
Aconteceu mais uma vez e foi a mesma coisa, voltou a adormecer. 
Cheira-me a manha, misturada com mãezite aguda. 
Não dá, depois desta semana de maratonas nocturnas estou por tudo. Temos de reaprender a dormir. Eu e tu, batata-frita-pequena.

"pai" também é uma palavra muito bonita

As minhas noites continuam uma jornada. Hoje acordei quase de hora em hora com batata-frita-pequena a tossir e a chamar mãe mãe.
A maternidade é uma coisa muito bonita, mas os putos de vez em quando podiam variar e chamar o paizinho.
Ouviste batata-frita-pequena?
Preciso de uma cura de sono. ASAP.

da novela nova

Espetacular. Um homem assaltou a maria-qualquer-coisa-rosa-fogo numa rua deserta e ela não lhe deu a mala nem por nada. Puxou e puxou e não deu. Mesmo a pedir uma naifada.
Há gajas com legumes vermelhos dentro das cuecas.

batata-frita-pai

Consegui convencer batata-frita-pai a ir pela noite dentro comprar-me um chocolate. Nada de novo, já é um clássico. 
Batata-frita-pai frita-me a cabeça volta e meia mas de uma coisa não há dúvidas: tem paciência de santo. Para chocolates e também para as coisas menos doces da vida.
Adoro-te batata-frita.

ponyo

Quando está no seu estado normal, batata-frita-pequena não aguenta 2 minutos seguidos no sofá. Mas agora que anda doentito temos passado algum tempo a ver tv sentadinhos e refastelados. 
Comprei o Ponyo na Fnac há uns tempos numa de fé em ver batata-frita-pequena concentrada em algo giro. Estava longe de imaginar que ía ser um consolo e uma distracção, agora que está doente e em casa.
Mas este não é um filme só para crianças. Adorei o peixe/menina e o pequeno Sosuke. Tão fôfos.

e agora algo completamente diferente (para desanuviar)




Sou uma batata-frita-mulher de malas. Há as que gostam de sapatos, de brincos, de chapéus. Eu sou mais malas.

dormir precisa-se

Pediatra da batata-frita-pequena tranquilizou-nos. Que não é nada de grave, é um vírus que baixou na nossa cria, mais concretamente na zona da garganta e nariz. Não chegou aos pulmões felizmente. Que com um cocktail de xaropes biológicos* isto vai lá, mas que não sabe quanto tempo demorará a passar. Tudo depende das defesas de batata-frita-pequena.
A somar a estas coisas vem inevitavelmente a parte do (não) dormir. É o que me deixa mais cansada, irritável e vulnerável.
Ninguém tem dormido nesta casa. Esta noite cheguei ao meu extremo que é levar batata-frita-pequena para a nossa cama. Não gosto de fazer isto porque ninguém dorme e ainda levo com pontapés, socos e arranhadelas. Mas esta noite teve mesmo de ser que a nossa cria estava em pânico e eu não sou de ferro.
Para finalizar, o síndrome de mãezite aguda se já cá estava graças à creche, veio para ficar. Não posso ir à casa-de-banho, comer uma refeição à mesa, enfim, coçar-me, que a criança fica chorosa e agarra-se às minhas pernas e não há pai que me substitua.
Se por um lado adoro consolá-lo e tratar dele quando está doente, por outro fico exausta com tanta mãezite.
Dormir precisa-se.

* o nosso pediatra é um bocado freak homeopático, não quer cá saber de antibióticos para nada. Se a princípio isso me agradava, agora deixa-me mais ansiosa. Mas caro Dr. V., nunca nos deixaste mal, sempre foste o nosso super pediatra, por isso confiamos nas tuas sábias palavras.

tudo muito agreste

Aqui em casa está tudo muito agreste. Batata-frita-pequena acordou no sábado cheio de febre, pieira e tosse. Assim, do nada.
É um bicho feio este que apareceu e deixou o meu menino KO.
Muito choro, falta de apetite, falta de ar durante a noite (isto é assustador) birras para fazer os vapores, venha o diabo e escolha. Batata-frita-mãe e pai estão pelos cabelos, com olheiras até aos pés.
Nunca tinha ouvido a minha cria respirar desta maneira. Deixou-nos, a mim e ao pai em alerta.
Segue-se romaria até ao pediatra, daqui a breves minutos.
É uma chatice ter um filho doente. Que sensação de impotência.

coisas várias

Batata-frita-pequena agora acorda antes do galo cantar, às 6:30. Não me perguntem porquê, não sei o que se passa.
Acorda a chamar mãe mãe mãe, mesmo não sendo a minha semana. Fecho os olhos e finjo que não é nada comigo. Vai lá o pai. Continua a chamar por mim e a choramingar. Oscilo entre o remorso e a preguiça. Fico a dormir mais um bocado.

Noutro dia chegou a casa com uma marca de mordidela nas costas. Não achei propriamente piada, mas pensei são miúdos, o que é que eu vou fazer? Qualquer dia é ele que morde algum. Mesmo assim perguntei à educadora se aconteceu alguma coisa. Diz que sim, que o menino Santiago se lançou para cima da minha cria e que lhe pregou uma mordidela, que quando viram já era tarde demais.
Hoje chegou a casa com uma marca nova. Começo a não achar muita piada, amanhã estou com vontade de perguntar de há cães à solta na creche.

Estamos desesperados por uma noite bem dormida, só pedimos que acorde às 7:30, só isso. Já era muito bom. Estou como as velhotas, acho que vou começar a ir para a cama às 21:00.

Até há pouco tempo tinha o hábito de dar o biberon a batata-frita-pequena ao colo à noite, antes de ir dormir. Agora deito-o na cama, dou-lhe o biberon para as mãos, dou-lhe festinhas na cara, venho-me embora e ali fica na maior a beber o leite.

A maternidade é uma cena doida. Desesperamos e amamos ao mesmo tempo.

o dia da balda

No fim-de-semana pensei estou a cair para o lado, com gripe, vou mas é baldar-me segunda-feira e ficar a recuperar coitadinha de mim.
E assim fiz. Hoje fui acordada pelos meus homens com o cantar dos galos (7:00...). Depois de batata-frita-pai sair com a nossa cria para o levar à escola, levantei-me, pus música, tomei o pequeno-almoço calmamente e vim para o computador ler o jornal (ai, modernices) e o meu email.
Senti-me realmente melhor e por momentos ainda tive remorsos por me baldar, mas esfumaram-se num instantinho.
Saí, fui fazer uns recados e almocei com uma amiga. Um almoço mesmo de amigas, demorado em que se fala de filhos, maridos, viagens, banalidades.
Fui à Fnac fazer algo que costumava ser um hábito há uns anos atrás: passear-me pela parte dos cd´s e ouvir o que me apetecia. Passar pelos livros e ver as novidades.
Depois passeei-me pela H&M e Blanco e vim para casa organizar recibos (esta parte é deprimente, mas tinha mesmo de ser).
Entretanto fui buscar batata-frita-pequena, brincámos e jantámos. Descobri-lhe a marca de uma dentada (ai...), mostrou-me que já sabe fazer bolinhas de cuspo (...) e cobriu-me de beijinhos. Hoje estava muito "mãe".
Adorei, adorei o meu dia. Pena amanhã a cena da gripe já não pegar.

cinemar

É a loucura. Fomos ao cinema pela 1ª vez este ano. Que grandes malucos.
A chatice de ir tão poucas vezes ao cinema é que tem de se escolher bem o filme. É tramado. Se escolhemos bem é muita bom. Se escolhemos mal, ficamos com a neura e com a certeza de ter desperdiçado um par de horas.
Mas escolhemos bem sim senhor. Ah Woody. Gosto tanto dos teus filmes há tanto tempo. Obrigadinha por mais este.
Agora era bom era fazer disto uma regra e retomar o que já foi um hábito na minha vida. Ir ao cinema mais regularmente.
E agora que estou lançada, via mais este, este e este.
Batata-frita-pequena ficou bem entregue e dormiu fora de casa. Soube tão bem, não só ir ao cinema, como acordar tarde. Acordar e espreguiçar, sem pressas e tomar o pequeno-almoço na cama. Aaahh!

souvenir

Trouxe um souvenir do Algarve. A sacana da constipação veio para ficar. Veio de mansinho, primeiro era só uma dorzita de garganta e tal... mas depois, zás. Nariz entupido, calores* e dores no corpo.
Sempre fui uma freak medicinal. Nada tomava para além das mezinhas caseiras. Mas agora que sou mãe de uma criatura irrequieta, preciso de estaleca para acompanhar o andamento de batata-frita-pequena. Quero drogas. O que é que eu posso tomar para me pôr fina?

* os calores ou afrontamentos, coisas espetaculares que fazem parte da minha existência desde a gravidez. Na gravidez posso garantir que andava 4 graus à frente de toda a gente e o mais frustrante é que isto não passou. Não posso beber um galão, comer uma sopa, andar a pé, andar com batata-frita-pequena ao colo que fico a ferver.

viciados na LS*

Eu: Já sei como é que a Diana vai morrer!! Não imaginas!! É muito maquiavélico!!
Batata-frita-pai: Então?? O que é que vai acontecer à gaja??
Eu: Ela vai... nininininininini... e depois... nininini... e no fim... nininininininini!!
Batata-frita-pai: Tu contas tudo!! Porque é que me contaste?????

????

Homens...

* Laços de Sangue

Allgarve



Das férias trouxe uma unha negra do pé, depois de pontapear sem querer uma rocha na areia. Também houve tempo para uma constipação à maneira. E para finalizar, um grão de areia ou algo parecido que só hoje desalojou do meu olho esquerdo.
Mesmo assim foram as minhas férias a três preferidas de todo o sempre. É verdade, adoro viajar com os meus homens. À medida que batata-frita-pequena cresce, vou gostando cada vez mais da companhia. Está um personagem. Não sabemos se já serão efeitos da creche, mas de repente é um socialite, muito independente. Pois que quer descer as escadas (!), comer, pirar-se para parte incerta, tudo sozinho. Apanhou a mania de beijocar tudo o que é miúda, tendo caído de amores por uma inglesa de olhos azuis. Muitos abraços e brincadeiras com outros miúdos. Foi um fartote.
E o Algarve em Setembro, minha gente? Uma maravilha. Excepto que já não é Portugal. Algarve em Setembro é definitivamente Allgarve. Minado de ingleses. Por sinal simpáticos e bem-educadinhos.
O Algarve em Setembro é tudo aquilo que queremos: praias quentes e desertas, restaurantes vazios e calmaria.
Os ingleses sabem-na toda.

até daqui a 3 dias

E é assim. Ontem decidimos que precisávamos do sul. Então hoje é para lá que vamos.
É um até jázinho.

desabafo

Batata-frita-pequena está uma peste, é uma verdade. Quando está com os paizinhos, fica possuído e leva tudo à frente. Quando está na creche, é um santo.
É fácil apontar o dedo quando nunca se passou pela experiência de ser mãe, ou quando se é mãe há 5 minutos e achamos que os nossos nunca serão assim, mas o que eu acho mais estranho são as mães de filhos já crescidos que olham de lado. É como se se tivessem esquecido do que a casa gasta e tivessem filhos com uma educação e percurso imaculados. A essas estico o dedo do meio.
Depois ainda há as que acham que com 1 ano e meio têm de estar sentadinhos sem mexer à mesa e que se se mexer é para corrigir com firmeza. Lamento, não sou assim. Sou uma libertina. Honestamente não quero saber se ele se pira da mesa. É demasiado pequeno, não é por isto que um dia não saberá comportar-se à mesa. Para já acho desnecessário repreendê-lo tanto. É como encharcar os miúdos de actividades durante a semana e não os deixar ser simplesmente... crianças.
E era isto. Precisava de verbalizar, ou melhor, escrever.

crescendo

Sabemos que os nossos filhos estão mais altos quando estamos muito bem na privacidade da casa de banho, vemos a porta abrir e o nosso filho a entrar.
Maçanetas das portas já eram. O que se seguirá?

rotinas

Leio vários blogs onde é relatada a rotina familiar semanal ao pormenor e no final desses relatos estou deprimida. Tenho vontade de me atirar ao mar.
Não faço jantar todos os dias, acho uma seca passar grande parte do dia na cozinha. Quando tem mesmo de ser, passo um bocado de volta da bimby, mas por norma prefiro gastar essas horas a brincar com a batata-frita-pequena ou a ir visitar a minha amiga A., que tem também ela um miúdo para o meu brincar.
Faço o jantar da batata-frita-pequena em 5 minutos e comemos nós adultos uma sopa, iogurtes, fruta, wraps, o que houver.
Não, não temos a rotina de comermos todos ao mesmo tempo à mesa. Nem sempre se proporciona. Somos uns desequilibrados.
Não vou a supermercados. Fico nervosa com o tempo que se gasta em grandes superfícies, os corredores enormes e tudo o que precisamos espalhado em pontas opostas. As filas para pagar deixam-me impaciente. Desde que descobri o continente online, nunca mais pus os pés no supermercado, a não ser a mercearia do bairro.
Nunca na vida consegui acordar mais cedo para ter tempo de fazer tudo com calma. Já tentei fazê-lo muitas vezes, até para correr, mas o snooze é o meu melhor amigo. Depois é tudo a correr, é certo. E muito mais stressante, é certo.
Mas... tenho outras rotinas, ou hábitos que tenho de seguir, senão corre tudo mal. Preciso muito de dormir 8 horas por noite, caso contrário fico agressiva (batata-frita-pequena podia ajudar-me mais nesta parte). Tento deitar-me sempre mais ou menos à mesma hora. É o meu ritual de ir para a cama com tempo para estar a ler, na conversa com batata-frita-pai ou a ver tv e a trincar m&ms. Sim, sou uma herege. Tenho tv no quarto. De manhã como sempre a mesma coisa, sou uma seca. Nunca vario, só ao fim-de-semana. Tenho de estar sempre a petiscar durante o dia entre fruta, iogurtes e bolachas maria. Se me esqueço disto em casa fico perigosa. Quando tenho muita fome fico alterada. Vivo com uma pessoa caótica e quando tudo fica de pernas para o ar, digo (com paciência/às vezes sem) que já estamos no limite do razoável e que temos de pôr ordem na vida e na casa.
Rotinas!

o 1º dia

Aaaahh que dia. Que dia, senhores.
Sinto-me um passarinho, com coração de pulga, facilmente esmigalhável.
Hoje foi o 1º dia da batata-frita-pequena na creche. A reacção não foi nada que não esperasse. Agarrou-se às minhas pernas e chorou quando eu e batata-frita-pai nos viémos embora. Batata-frita-pai jura a pés juntos que não emocionou, mas sou capaz de jurar que vi aqueles olhos de adulto/menino turvos.
Eu cá me aguentei à bronca, sou assim mais para o resistente, mas saí de lá com o coração tipo caroço de azeitona, pequenino, pequenino.
Por mais que uma mãe se mentalize que não é a única a passar por isto, é inevitável a ansiedade, o coração apertado, a sensação de nada poder fazer senão esperar que as horas passem de maneira agradável para a nossa cria. E esperar também que estes primeiros tempos passem rápido e que um admirável mundo novo se abra para os olhos da minha batata-frita-pequena.
Um dia de cada vez. Inspira e expira.