em modo "mexes o rabo ou levas"

No treino de hoje.

PT sádico: "Hoje cê vai fazê um exercício que cê gosta!".
Eu: "Gosto? Eu gostar, gosto é de chocolate".

Ele não achou lá muita piada à minha resposta.
Já percebi que falar com o PT sádico de chocolates, gelados e cenas gordurosas é como pisar terreno minado.
Só por causa disso vou comer um magnum after dinner, pronto.

pára tudo

Pára tudo!
Estou em estado catatónico e incrédulo.
A nossa rapariga dormiu quase 9 horas seguidas em duas noites nesta semana. Sem interrupções.
Juro que quando vi o relógio não acreditei logo. Ainda dei voltas aos neurónios a ver se me lembrava de ter acordado a meio da noite para dar de mamar (uma gaja liga o piloto automático e pode acontecer não se lembrar, sei lá), mas não. Ela não acordou. Deixou-me dormir.
Esta noite não tive tanta sorte. Voltou a acordar uma vez.
Nada mau, para 2 meses e meio.
Estamos no bom caminho.
E os meus neurónios agradecem.

em modo "mexes o rabo ou levas"

Eu sei que sou muito queixinhas e assim, mas juro que o PT sádico na última aula foi mesmo agressivo.
Disse-me ele que ía ser um treino duro e que passadas 48 horas eu ainda iria estar a queimar gordura.
Queimar gordura não sei, mas canto ópera de cada vez que me mexo.
Xiliques aparte, estou muito contente com os resultados. Se soubesse o que sei hoje, tinha-me virado para as aulas particulares no primeiro pós-parto. É que aulas em grupo são giras, mas a malta aldraba sempre um bocado.
Fico com a língua de fora, pois fico. É duro, é. É preciso força de vontade, sim.
Mas compensa.
E uma gaja fica incrivelmente feliz.

diálogos

De manhã, batata-frita-pequena aparece na nossa cama.
A irmã acorda e começa a estrebuchar.
Batata-frita-pequena: "O que é que a mana quer?"
Eu: "Tem fome".
Batata-frita-pequena: "Se calhar quer Chocapic".

é pra malhar, é pra doer!

Hoje, em mais uma aula de pura violência desportista, comentei por acaso com o PT sádico que ando com uma dor nas costas, por causa do trabalho em frente ao computador.
Nisto, ele põe as mãozinhas em cima dos meus ombros e desata numa porrada massagem nas minhas ricas costas.
Eu implorei "ai ai que está a doer", mas ele respondeu "tem qui sê assim, com força meismo!".
Ía morrendo.
Quando percebi que a raça do homem não percebeu que eu estava prestes a quinar de dor, disse "ai que já está muito melhor, obrigada!" e continuei com o resto dos abdominais.
Acho que nunca quis tanto voltar à labuta.

ele

Há uns tempos perguntava eu onde tinha ido o meu rico filho. O que eu tinha em casa era o Demo. Birras, uma luta constante para fazer o que queríamos, medição de forças, eu sei lá.
Mas, parece que o Demo foi baixar noutra casa e tenho o meu fôfo outra vez para mim.
A adaptação à irmã não foi fácil. Sempre se derreteu com ela, mas nós é que pagámos a conta. Agora que já nos habituámos uns aos outros enquanto núcleo de quatro, parece tudo menos complicado. Ele voltou a ser o meu menino de mel. Claro que tem achaques de vez em quando, mas noto que as birras diminuíram em quantidade e qualidade.
Desenvolvi um ciúme por causa da relação dele com o pai. São gajos e entendem-se naturalmente, mas é uma cumplicidade crescente e esta aqui fica a assistir de fora.
Está alto, tem pés grandes, está moreno da praia e os olhos verdes brilham mais no Verão.
Noto que perdeu os medos de bebé. Atira-se para a piscina em grandes mergulhos, está constantemente com nódoas negras e feridas nos joelhos e pernas, anda um radical numa série de coisas.
Brinca com os primos e amigos e já não vem ter tantas vezes comigo a choramingar.
Está crescido, independente.
Quando me vê com os azeites, vem ter comigo e dá-me um beijinho na mão.
É uma gralha autêntica, não se cala. Mas mais connosco, porque com outras pessoas, num primeiro contacto, continua tímido.
Percebe tudo o que dizemos, mesmo quando é em código, por isso resta-nos comunicar em inglês.
Quando começar a perceber-nos o inglês, resta-nos aprender, sei lá, mandarim.

ela

Para mim é estranho ter um bebé com refegos, que veste tamanhos acima do tempo que tem.
Nasceu pequenina e magricelas como o irmão, alimenta-se na mesma fonte e mesmo assim teve um aumento de peso brutal. Aos 2 meses chegou aos 5680 Kg.
Não adormece com facilidade e normalmente acorda duas vezes durante a noite, mas a gente chega lá...
Toda a gente diz que é a cara do irmão e eu confirmo. São fotocópias.
Mal abre os olhos de manhã, ri-se para mim. Está constantemente a sorrir, é uma fácil.
Ultimamente deito-a na cama do irmão à noite e conto-lhes duas ou três histórias. Ele trata-a com mil cuidados, dá-lhe a mão e beijinhos. Ela fica num excitex total e... sorri, pois claro. Provavelmente por causa da minha voz à totó a contar histórias.
As cólicas já foram naquela estrada para nunca mais voltar (espero) e agora temos noites mais calmas. Já não se queixa de dores.
Resumindo, está fina e fresca. E linda ♥.

diálogos

Fim-de-semana.
Preparo-me para sairmos.
Batata-frita-pequena olha para mim e diz: "Vais assim para a rua?"