síndrome do ninho masculino

Batata-frita-pai acordou para a vida e chegou à conclusão que vai ser pai ao quadrado não tarda.
De repente perguntou-me "mas tu estás de quantas semanas?" e ficou com os nervos quando lhe disse que isto já vai em 34 semanas e que não é para alarmar, mas que estou em crer que mais um mês no máximo e a coisa dá-se.
Ai mas ainda não tratámos do carrinho e temos de tratar e tenho de ir ao Ikea comprar aquelas coisas que tu falaste e temos de resolver isso tudo. 
É assim. Eu ando a organizar a nossa vida há mais de um mês para não ter stresses e também porque sou uma mulher histérica a caminhar para o organizada.
Dei praí duas missões ao meu homem (porque ele leva uma vida louca e eu não quero azucriná-lo) que ele, como era de prever, foi arrastando. Mas, este fim-de-semana fez-se luz e ganhou fogo no rabo.
Agora é vê-lo a ir tratar do carrinho e a montar a cómoda.

0 0 0 0 0 (isto são amêndoas)


Nesta Páscoa vou atirar-me às amêndoas sem dó nem piedade. Pronto, também não vou afundar-me numa banheira de amêndoas, mas o esforço para ficar com uma margem de alguns kgs para o último mês resultou, por isso agora saiam-me da frente e não me recusem comida.
Prometo que não mordo. Se não me chatearem muito. Que as hormonas andam ao rubro.
Fui.
Ah! Boa Páscoa.

ler

Andei numa espécie de odisseia interminável por livros sobre a temática "a chegada de um irmão/irmã" e agora, olhando para trás, faço o meu best of.
Não comprei uma data deles, não queria bombardear a criança com isto, apenas uma vez ou outra meter uma destas histórias ao barulho, assim como quem não quer a coisa. E a verdade é que ele adora os livros, pede muitas vezes para eu os ler.
Há muitos livros por aí sobre o tema que eu não gostei. Li sempre a história e, ou parece uma história escrita para tótós (não, não é linguagem adaptada a crianças), ou tem abordagens que acho dispensáveis, tais como "vais ficar com ciúmes loucos, porque vais deixar de ter tanta atenção" ou "vais ter de ajudar a mãe a mudar as fraldas".
Aqui ficam os nossos:

"O Nascimento" - Um autêntico dicionário, sem meias palavras, com uma história engraçada que vai um bocadinho mais ao pormenor (sem ser demais), sobre o processo da gravidez até ao parto.
Ah, não se espantem se, depois deste livro, as vossas crianças começarem a perguntar coisas tais como "o mano vai sair por onde?" ou "vais fazer força para o mano nascer?" :D

Confesso que ler "O Rato Renato vai ter um irmão" à noite é um bocado seca, que a história é um bocadinho loooonga, mas a malta abrevia e acaba por ser uma história fofinha.

"O meu primeiro irmãozinho" foi a primeira compra e foi das melhores. É a história, sem rococós, breve e que conta o essencial. A mãe fica grávida, fala com a filha mais velha sobre o assunto, um dia vai para a maternidade para ter o caçula, a irmã mais velha vai conhecê-lo, regressam a casa e todos entram na rotina nova. É uma história boa e honesta.

Acho que me fico por aqui. O tema já está bem introduzido cá em casa, acho que não há muito mais a acrescentar. Agora é ir desfrutando e fazer figas para o sucesso da relação do meu casalinho piroso mais fôfo.

Hoje foi a primeira vez que experimentei levar a nossa cria à consulta do obstetra. Fomos os dois mais cedo, o pai foi ter connosco.
Fomos ao piso da maternidade. Vimos o berçário e os bebés (ternura ternura). Vimos a máquina onde ficou algumas horas quando nasceu por causa da icterícia. Mostrei-lhe as camas onde ficam os bebés quando nascem e onde eu vou ficar quando a nossa mais nova nascer.
Comprámos um livro do Ruca e, enquanto esperámos pela chamada da enfermeira, lemos a história.
Pesei-me e ele também. 2 Kg a mais para mim desde a última vez e 15 Kg para ele.
O pai chegou e brincaram enquanto esperávamos pela chamada do médico.
E depois foi a consulta mais gira com um olhos nos olhos, 3 anos depois, entre o médico que o viu nascer e o nosso miúdo.
Um aperto de mão e sorrisos tímidos celebraram o encontro.
O bater de coração da irmã e mais sorrisos.
"Já está na recta final", "não se importe com a hora que fôr, ligue-me se entrar em trabalho de parto", foram frases que trouxe comigo.
Quase 34 semanas ♥

mais diálogos

Aproveitando o facto de a consulta com o obstetra calhar hoje em que está tudo de férias - e com a boa fé de que iria ser uma consulta rápida - perguntámos à nossa criança se queria ir connosco, conhecer o homem que o pôs no mundo e ainda ouvir o coração da irmã.

"Sim!! Quero! E depois vais fazer FORÇAAAA!!!"

Tudo graças a este livro.
Está um bocado adiantado, expliquei-lhe que ainda não vou fazer força, mas é bom saber que anda informado sobre o processo :D

"mãe, a mana vai sair por onde?"

Oiiii???
Não sendo eu uma púdica, fiquei assim a modos que em transe com esta pergunta.
Primeiro, por não estar à espera que o meu filho de 3 anos se saísse já com uma pérola destas. E depois, porque eu nunca imaginei ter de responder a isto.
Já pensei no que dizer quando me perguntar como se fazem os bebés. Já pensei numa data de respostas a uma série de perguntas delicadas.
Mas esta pá. Esta nunca me tinha lembrado.
Como uma cara amiga me disse, "a verdade sempre". É este o meu lema. Primeiro porque (e isto serve para tudo) a mentira vem SEMPRE ao de cima. E depois porque... mentir é simplesmente estúpido.
Mas, voltando à pergunta da minha criança, fiquei bloqueada. E desconversei.
Ok, juro, juro que se voltar à carga - que há-de voltar de certeza - digo a verdade.
Dentro dos limites possíveis para a idade.

ir

Um fim-de-semana em estado mega-pançudo, só com amigas do coração, longe de Lisboa.
Sem pressas ou coisas programadas. Ordem para conversar, beber chá e passear com a ajuda do sol que foi aparecendo.
Os homens ficaram em casa e eu fui passear-me com as minhas raparigas. As crescidas e a que trago na barriga.
Devia ser obrigatório para toda a gente, passear assim de vez em quando, mesmo para quem não tem vontade de largar o ninho.
Faz bem à alma e o regresso é outra parte boa da viagem.

discriminação maternal

Tenho perdido a cabeça (e euros) com roupas para a minha rapariga.
Tenho muita coisa emprestada para recém nascido, por isso perco a cabeça com peças a partir dos 3 meses até aos 2 anos. E é a loucura, como eu já previa. O mundo feminino é do caraças, desde que somos pequenas.
Nisto, há alguém que quase nunca tem nada novo. Esse alguém é o meu mais velho. Primeiro porque tem muita coisa dos primos e depois porque, vergonhosamente, eu não gramo comprar roupa para rapaz!!! Nunca apreciei, claro que quando é meeeesmo preciso alguma coisa vou comprar, e tento comprar coisas que eu goste (a H&M tem sempre as coisas mais giras para rapaz), mas não me inspira.
Por esta altura, na minha primeira gravidez, o meu crianço tinha uma gaveta mais ou menos composta. Esta rapariga já vai com quase três.
Sou uma vergonha, eu sei. Mas gajas são gajas.


encontrei a explicação científica para este temporal

S. Pedro está grávido e a ver a "Páginas da Vida".

a derradeira

E lá viémos da derradeira ecografia.
É sempre uma sensação estranha, quando o médico se despede de nós e deseja "felicidades". É assim, agora és atirada aos lobos, toma.
Foi a eco mais rápida até agora, em que vislumbrámos uma rapariga muito composta e, ao que parece, comprida. Com 2,080 Kg (medo) e ali um pormenor nas feições que encontrámos, idêntico ao irmão.
Igual a si própria, chutava nada delicadamente, de cada vez que sentia a maquineta em cima da minha barriga.
"Já está virada de cabeça para baixo", olha a novidade! Como se eu já não tivesse sentido os calcanhares espetados cá em cima!
Foi uma espécie de matar saudades da nossa rapariga que já não víamos desde a eco de Janeiro. Encontrei-a tão maior, tão definida e já bebé. Que vontade de a beijocar.
Agora está ali a ganhar bochechas.
E a chutar. Ai.

diálogos

Ele: Ó mãe, a mana faz xixi dentro da tua barriga?
Eu: Errrr... Sim, faz.
Ele (aponta para a minha barriga): Mas ela tem aí uma sanita?

quando o romantismo gravidico não nos assiste

Vou dizer algo terrivelmente chocante. É um direito que a histeria hormonal me assiste, não quero saber.
Estou farta de estar grávida.
Adorei a minha primeira gravidez do princípio ao fim. Era todo um mundo novo e mágico. Era a inocência, a expectativa, o deslumbre. Correu sempre tudo bem.
Agora estou farta. A única coisa que estou a adorar, para além de ter a minha rapariga cá dentro de boa saúde, é o meu cabelo que anda brilhante e lustroso como nunca. O resto eu dispenso.
Eu sei que ando pouco romântico-gravidica, mas é o que temos.
Ando sempre com alguma coisa, agora é outra vez infecção urinária. Olhem que há mais, vos garanto, mas não me apetece começar para aqui a desbobinar. É melhor não.
Vou ali inspirar e expirar.
E esperar mais 1 mês e meio.

não se pode contar com discrição infantil para nada

Ontem fechei-me na casa-de-banho com batata-frita-pequena para embrulharmos o presente do Dia do Pai.
Enquanto o pai estava na sala, tratei de, em alto secretismo, ir buscar papel de embrulho e fita-cola para a missão.
Estava eu então na casa-de-banho com a nossa criança e comecei a explicar-lhe que aquilo era uma cena altamente secreta e que íamos oferecer o presente durante o jantar.
Ele disse que sim, uma surpresa para o pai que fixe, mas enquanto eu acabava o embrulho começa "TANTA FITA-COLA???", "A SURPRESA JÁ ESTÁ EMBRULHADA??", "O PAI NÃO PODE SABEEEEEER!!" e eu "xxxiuuuuuuuu xiuuuuuuuuuuu!!!!" a tentar acabar aquilo a 300 km à hora.

Vai daqui um conselho muito útil: nunca peçam segredo a um miúdo, a não ser que queiram mesmo divulgar alguma coisa.

ordem para dispersar

Hoje, aproximei-me da fila dos prioritários do supermercado e de repente senti tudo a dispersar, sem eu nada dizer. Eu nem pedi prioridade, não disse nada.
Batata-frita-pequena bem me pergunta muitas vezes se a minha barriga vai explodir.
Será que a malta pensa o mesmo e fica com medo?

comer

Não é só a minha barriga que anda a crescer. Também não é a do meu homem. É mesmo a da nossa criança.
Ando impressionada com o apetite do meu mais velho.
É uma cena nunca antes vista. Come mais do que eu. Mega pratada de sopa, de comida e fruta. Sempre a aviar. Tenho de ser eu a dar, a partir de certa altura, porque ele distrai-se. Ainda assim, come com montes de vontade. Não pára de abrir a boca.
As camisolas da creche de repente começaram a ficar mais justas e, quer-me também parecer que as bochechas, as pernas e as mãos estão mais cheias. Acho que já cresceu mais uns centímetros.
Custa-me pegar nele ao colo, pelos motivos óbvios, mas também porque está tipo chumbo.
Nunca foi difícil para comer, mas também não era a Magali.
Estou fascinada.

páginas de lágrimas

Ultimamente agarro-me à televisão tipo lapa, mais propriamente à Páginas da Vida (que, by the way, dá a horas pouco amigas).
E, senhores, é cá um rio que se forma à minha volta. Temo ficar desidratada. Não há episódio em que não me desfaça a chorar. Ou é quando aparece o miúdo que diz que a mãe é uma estrela que está no céu, ou quando aparece a irmã dele que é fôfa até mais não, ou é quando aparecem as cenas em África e a fome, ou só porque dá a música que eu gosto.
É todo um rosáááário de lágrimaaaas. 
As hormonas toldam-me a mente.

ah que bonito que é cozinhar com criancinhas

Hoje, o pai teve a ideia genial de fazer ovos estrelados com o filho.
Eu não disse nada, mas fiquei a assistir de camarote.
Filho vira a caixa com 6 ovos porque queria ajudar.
Pai esbugalha os olhos.
Eu? Rio-me. Claro.

sabes que estás a ficar ligeiramente ultrapassada...

... quando é o teu filho a explicar-te como se joga ao Monsters Run.
Socorro.

Campanha IRS - Crianças SOS


Pela segunda vez, a Associação das Aldeias de Crianças SOS vai poder receber donativos através do IRS.
O processo é simples: os contribuintes podem destinar 0,5% do seu IRS para uma instituição à escolha. Basta que identifiquem a instituição na sua declaração.

O montante que é entregue à instituição não é retirado ao valor que é devolvido aos contribuintes. Este valor sai do total que o Estado recebe. Ou seja, não tem custos para as pessoas. E assim ajudam quem mais precisa.

É muito fácil: basta escrever o NIPC da Associação - 500 846 812 - no quadro 9 do anexo H.

Vamos ser solidários, gente?

31w

Sei que não interessa fazer comparações, que o que for será e que um filho nunca é igual ao outro.
Mas, não deixo de pensar que terei uma pequena mulher e que poderá ser o oposto do irmão.
Toda a gente me diz "ai que se ela for como o irmão vai ser uma sorte".
Por um lado, só quero que ela seja igual a si própria. Por outro, seria espetacular que fosse uma melosa querida como é o irmão. E que não me deixasse muitas vezes à beira de um ataque de nervos.
Para já, parece que será do signo Touro e isto não é bom augúrio :D
Perdoem-me os Touros, mas vocês têm fama de serem lixados. E já basto eu, que sou de trato relativamente complicado (diz o meu homem, se bem que ultimamente não se tem queixado muito, suspeito que mais por medo do que por outra coisa).
E, para além de Touro, será mulher. Está tudo dito ou não?
A teoria de que não vale fazer grandes prognósticos é muito bonita e tal, mas a malta gosta sempre de imaginar tudo o que aí vem, qual é o mal?
E depois, será ela parecida com o irmão? Que, por sua vez, não é parecido com nenhum de nós (mas calminha que há um pormenor físico que nos garante que é nosso). Ou será ela parecida comigo? Com o pai?
É um misto de cagufa, curiosidade e excitação o que eu tenho sentido.
Isso e os pontapés. Não chegam a ser bem pontapés. São mais alongamentos. A minha criatura estica as pernas com toda a força que já tem e espeta os calcanhares o mais longe que consegue.
Até tenho medo de comer chocolate ou gelado, que é a loucura aqui dentro.

oi??

Pai e filho à guerra pela playstation.
De repente, filho faz um ar zangado/sério e diz "Mas afinal quem é que manda aqui?!".

Oi??

bom fim-de-semana

Depois de uma semana com crises de tosse que me deixaram sem ar, acabei por me render às urgências mais próximas de mim e toma lá com uma infecção respiratória.
Anda esta aqui volta e meia a fazer aerossóis ao seu rico filho e desta vez fui eu que experimentei estar na pele dele. É karma.
Agora é tomar a medicação até deixar de tossir como uma desgraçada.
Mas nem tudo é mau. Cheguei a casa e tinha um ramo de tulipas brancas à minha espera.
E o meu mais velho aos pinotes e a puxar-me para brincar com os comboios.
E amanhã é fim-de-semana.
E a propósito, pessoas que vivem no Porto e arredores: não deixem de ir ao mega evento Vendinha das Mães (invejaaaaaaa), ver montes de coisas giras, entre as quais os cavalinhos Carrossel.
Bom fim-de-semanaaaaaaa!!

o meu mais velho

O meu mais velho surpreende-me todos os dias. Todos os dias há uma palavra nova, ou uma piada, ou uma acção qualquer que me surpreende.
É tímido e doce. Derrete-me a mim e a muita gente. É estranhamente maduro. Um misto de menino da mamã com independência. Não quer ajuda para tirar o casaco, ou para se despir antes do banho. Quer fazer sempre tudo sozinho. Até o que não deve. No entanto, se se magoa, vem ter comigo a chorar.
Não se afasta de mim na rua. Tem medo dos carros na estrada. Não é aventureiro pelo seu próprio pé, mas se um amigo for à frente, ele segue sem medos. É comparsa dos traquinas, mas é sempre o santinho.
Também faz birras, claro (e eu falo de muitas delas). Se não as fizesse, seria estranho.
Hoje de manhã chamou-me. Eu acordei ao estilo barata tonta. Estava a luz acesa do quarto dele. Já tinha ido à casa-de-banho. Disse-me que tinha vomitado na cama (anda cheio de tosse) e pediu desculpa. Foi para a sala. Bebeu o leite. Começou a tossir e disse-me: "Vou vomitar à sanita". E foi. No fim disse "Já está, já estou bem".
Às vezes gostava que fosse mais virado do avesso, mas depois percebo que me saiu um frasco de mel e que só posso apreciá-lo como ele é. Imensamente doce.
Adoro o filho que me saiu na rifa há 3 anos atrás.

isto sou apenas eu a zelar pela saúde alimentar do meu filho

Pai e filho chegam a casa. Eu estou em modo horizontal, no sofá, a emborcar pipocas. Escondo-as atrás da almofada e engulo as que tenho na boca.

Batata-frita-pequena pergunta pelo salame de chocolate que fizémos ontem. "Ooooh, acabou, comemos tudo ontem, querido! Não te lembras?". Mentira. Fui eu que dei cabo de tudo durante o dia de hoje.

Assalto o saco de ofertas da festa de aniversário do fim-de-semana. Só me agarrei ao saco porque aquilo tudo faz-lhe mal aos dentes. Óbvio.


saiam-me da frente

É oficial: ando possuída pelo síndrome do ninho em estado avançado.
Aproveitanto o facto de estar em casa esta semana devido à tosse cavernosa que baixou em mim, ando com um caderno atrás com listas e mais listas e a apontar tudo o que há por resolver em casa e fora de casa. E há muita coisa, caneco.
Até a mala para a maternidade da rapariga já está preparada, com os sacos de congelação devidamente recheados e a postos.
A somar, tenho trabalho de casa para fazer, daquele mesmo bom que envolve excel e números.
Saiam-me da frente! E dos lados. Que eu preciso de muito espaço para passar. Que estou enorme.
Fui.

só com gelo

Noutro dia, tinha mesmo acabado de fazer uma sopa para o jantar e pus dois cubos de gelo para arrefecer mais rápido.
Batata-frita-pequena fica fascinado com tal operação e mais ainda com o facto do gelo derreter na sopa.
Hoje, disse-lhe que havia sopa para jantar.

"Está bem mãe. Mas só se for com gelo."

achei (depois do "procura-se")

Em relação a camisas de dormir: detesto. Não uso. Não gosto.
Acalmem-se, não pratico o nudismo (não que tenha nada de mal, que não tem) no vale dos lençóis. Mas é que eu só uso pijamas.
Por isso tive mesmo de comprar alguma coisa para a maternidade. E foi o DILEMA!
No 1º filho usei camisas de Inverno, que agora não íam servir. Eu sou uma pessoa de muitos calores e Maio é, digamos, um mês primaveril.
Não consegui a perfeição. Encontrei soluções razoáveis, que se lixe.
Uma camisa branca da Zara Home, uma camisa da La Redoute e por último, uma camisa encontrada numa loja de comércio tradicional. Tudo manga cava e com elasticidade. Que vou rematar com um robe fofinho branco e umas havaianas. Siga!

valium para criancinhas ASAP ou eu só queria um puto que fizesse a sesta

Hoje tinha uma réstia de esperança que o meu rico filho fizesse a sesta (pois sim...) e então toca de o deitar na cama e rezar a todos os santinhos por umas abençoadas 2 horas de descanso para ele e de sossego para nós.
Estranhei ele despachar-me com um "dá cá um abraço e adeus", mas enfim, a esperança é a última a morrer, pelo que me pirei rapidamente do quarto dele e fui logo avisar batata-frita-pai "Deitei-o, mas tenho sérias dúvidas que fique na cama. Vou descansar. Boa sorte". E, antes que pudesse ouvir qualquer resposta do género "Vais onde?!", fugi para a minha cama.
No corredor, a caminho do meu quarto, ainda ouvi batata-frita-pequena a contar histórias a alguém e o computador do Gomby a dizer olá, mas ignorei, crente de que me ía conseguir escapar.
Estive uns bons minutos para adormecer e quando estava já entre o mundo dos acordados e dos adormecidos, oiço a nossa criança a distribuir energia em décibeis estridentes e a chamar pelo pai "Já acordeeeeeeei!!".
Pus os tampões nos ouvidos, virei-me para o outro lado e rezei as últimas avé marias, mas ouvido de mãe é lixado e não mais consegui dormir. Que seca.
Desisti do descanso e fui para a sala, paciência. Os gajos são minúsculos, mas levam sempre a melhor, é um facto.
Muita energia depois, carros, comboios feitos com palhinhas (don´t ask...), jogar às escondidas e não sei mais o quê, eis que decidimos sair de casa.
Chegamos ao carro, peço-lhe para subir para a cadeira dele.
Faz um ar infeliz, olha para mim e diz-me "não posso, estou muito cansado".

estamos lixados

O meu miúdo nunca se pira da cama. Aconteceu noutro dia, mas achei que fosse um caso isolado.
Hoje, depois de o deitarmos, fomos para o nosso quarto porque eu queria mostrar umas peças novas que comprei para a rapariga que trago na barriga. Depois voltámos para a sala e o meu homem apanhou um susto de morte (é muito assustadiço, que fazer?). Apareceu-lhe batata-frita-pequena à frente, silenciosamente. Tinha-se pisgado para a sala enquanto estávamos no quarto.
Eu fiquei a ver do corredor e fui a que tive a atitude mais firme e adulta.
Fugi para o quarto e desmanchei-me a rir.