almoçar fora

Batata-frita-pequena está naquela fase de menino/homenzinho que cativa pelas graçolas. Felizmente, almoçar fora tem sido um lindo momento em família, com a nossa cria a dizer olá a todos os seres vivos que se aproximam da nossa mesa, a comer sozinho o que lhe pomos no prato (com alguma ajuda, claro), a partilhar da sobremesa e a fingir que bebe café. É uma animação.
Que bom era se corresse sempre assim. Uma pessoa, naquele momento, quase que pensa em ter mais quatro filhos. Brincadeirinha!
Não sou contra levar miúdos para os restaurantes, mas a verdade é que a coisa nem sempre corre bem. Quando tudo corre de feição, todos acham graça e sorriem. Quando os putos estão com a telha e levam tudo à frente, é uma roda de olhares reprovadores.
Uma coisa que descobri, que ajuda a partir de certa idade: um livro de actividades e uns lápis. Faz milagres. Isso e uma sopa para ir acalmando a fome.
Hoje deparei-me com um cenário na mesa ao lado. Um miúdo com uma playstation. Um cenário que sempre reprovei, do alto da minha sabedoria de pré-maternidade, naquela altura da vida em que temos a certeza que seremos mães exemplares e que vamos criar crianças perfeitas e espetaculares.
Mas hoje não reprovei nada. Fiquei no meu reino, com a minha criança que se estava a portar lindamente e não olhei para o lado. Olhar, olhei, mas sem teorias de educação sublime. 
E tudo correu bem para todos.

4 comentários:

  1. Há uns anos atrás se calhar também acharia um disparate, agora vale (quase) tudo para as entreter e ter uma refeição tranquila.
    Aproveita que ele anda numa boa fase ;)

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