como educar uma criança

Desde que sou mãe, que tenho dificuldade em enturmar-me com outras mães mais rígidas e de frequentar as suas casas, partilhar refeições com as famílias.
Quando vou a casa de alguém, se batata-frita-pequena está com os azeites e se se porta mal, fico sempre a medo, atrapalhada e sem saber como agir.
Em casa faço sempre o mesmo: conforme as circunstâncias e a birra, chamo-lhe a atenção e corrijo-o. Mas em casa de outrém não consigo agir naturalmente. E sinto que sou muitas vezes olhada de lado. 
Não consigo levantar a voz e dar palmadas em frente a uma plateia. Prefiro ir para um canto fazê-lo. Não sei se faço bem ou se faço mal. É a minha maneira. Dispenso ser um como educar uma criança. E odeio que me digam como fazê-lo com exemplos universais. Porque é assim que se faz e é assim que vem nos livros e a fórmula é esta, não há nada que saber. E se não o fazes és uma mãe de merda.
Pardonne-moi pelo palavreado.
Adiante.
Sinto isto muito mais com outros pais de crianças mais crescidas, que curiosamente esquecem rápido como pode ser o comportamento de uma criança de 2 anos.
E o mais irónico é que estes filhos e estes pais já puseram os sapatos em cima do meu sofá, já me fizeram nódoas na toalha de mesa, já me partiram óculos de sol e não pediram desculpa,  já deixaram fraldas com cocó no meu caixote do lixo, já me deixaram pendurada à mesa, com a comida quente, para andar a correr atrás dos putos. Isto já aconteceu tudo com eles. Mas eles esquecem.
Acho normal que quem não tem filhos revire os olhos a estas coisas. Nunca tiveram miúdos, não sabem o que a casa gasta. 
Mas não acho normal que quem já tenha dado para este peditório faça cara feia.

7 comentários:

  1. Ah pois, mas sabes que os nossos são os nossos. Os dos outros é que são sempre os mal educados.
    Essa rigidez e essa superioridade também não me cai bem, mas a vida acaba por lhes dar umas lições.

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  2. É tão bom saber que não sou a única a pensar assim...revejo-me completamente nestas palavras. :o)

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  3. Concordo contigo, acho sempre preferível levar as crianças para um sítio à parte, sem público, e explicar/dar um ralhete. Não há necessidade de humilhar as crianças como já vi muitos pais a fazerem...

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  4. E depois quando repreendemos a criança, eles ficam com aquele ar vitorioso... Detesto esse tipo de situações.

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  5. Olha palavras que podiam ser minhas...esses pensamentos atravessa inúmeras vezes a minha mente.beijos nossos

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  6. compreendo tão bem aquilo que dizes.
    ainda não cheguei a essa fase, mas confesso que vai-me chatear muito situações como essas.
    é que não há paciência para isso. para gente assim.

    deixei-te um mimo lá no meu blog.
    beijinho enorme*

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  7. Entendo-te perfeitamente porque me sinto assim. Parece que querem que os nossos filhos (agora mais novos) se comportem como os dessas pessoas que já têm 2 ou 3 anos a mais. Parece que se esqueceram que com eles, também são assim e que são crianças.
    Também me irrita e fazem-me sentir como a mãe mais desleixada e permissiva.

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